Friday, December 26, 2008

O PROBLEMA DO CONHECIMENTO DE DEUS

FILOSOFIA DA RELIGIÃO

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Filosofia da Religião, do Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Luís Dias.

FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ - 2003


O PROBLEMA DO CONHECIMENTO DE DEUS

INTRODUÇÃO

Podemos conhecer Deus com a nossa humana inteligência? Num fragmento dos epicuristas:

"Deus se pode ou não, se quer ou não tirar os males?"

Se Deus é invisível, podemos conhecê-lo? Que significa a existência de Deus neste mundo? Que significam os cultos religiosos, se admitirmos que Deus não existe? Que diferença faz, se Deus existe ou não? Muitos cientistas afirmam que é absurdo falar em Deus. A questão da existência de Deus é fundamental para a religião. A pergunta por Deus é inevitável: ser ou não-ser, sentido ou absurdo. O problema de Deus é o problema do próprio homem e do sentido de sua vida.
Grandes pensadores elaboram caminhos racionais, as chamadas provas da existência de Deus. A decisão humana a favor ou contra a existência de Deus nunca é apenas um ato intelectual, mas também da vontade e do coração.

I - O QUE MUDOU NA COLOCAÇÃO DO PROBLEMA?

Os grandes pensadores do passado sempre ousaram enfrentar o tema de Deus, pois incumbe à natureza racional do homem de tentar conhecer a Deus. Entretanto, a religião não se fundamenta no conhecimento racional de Deus. É inútil tentar demonstrar a existência e a natureza de Deus.
No passado, a existência de Deus era reconhecida socialmente, nos tempos modernos, o problema de Deus tornou-se, o de sua existência. A filosofia grega esboçou argumentos como: a inteligência criadora, à suprema idéia do bem infinito, o primeiro movimento universal e a unidade primeira.
A filosofia ocidental, pensou Deus usando os conceitos gregos como: ser, causa, essência, contingente, necessária, fim, etc. Os filósofos gregos não puderam harmonizar sua filosofia com sua religião. Na Física fala de um primeiro motor imóvel, na Metafísica explica o movimento não só por uma causa, mas também por um último fim.
Os filósofos gregos, buscando um único princípio de todas as coisas, não sabiam o que fazer com a multiplicidade dos deuses. O homem antigo vive sob o olhar de Deus ou dos deuses. O grego é o homem que procura a Deus e o judeu é o homem que foi encontrado por Deus.
Quando falta a mediação da filosofia entre Ciência e Teologia, torna-se impossível o diálogo entre o mundo e o Cristianismo. S. Agostinho escreve: "O entendimento é dom da fé. Não queiras entender para crer, mas crer para entender".
Mas a partir dos tempos modernos, a Filosofia rompe com a Teologia. Kant postula Deus como garantia da harmonia entre natureza e liberdade. O homem constituí o ponto de partida para a reflexão filosófica do problema de Deus.
O filósofo quer obter uma explicação do mundo sem recurso ao divino. Os filósofos esforçaram-se por experimentar a Deus intelectualmente. Pode a razão humana chegar até Deus? As dificuldades radicam na noção de transcendência.

II - CAMINHOS RACIONAIS

Aqueles que afirmam que o homem só pode crer em Deus, se antes o tiver conhecido pela razão. Os argumentos clássicos, tenta-se deduzir crítico-cientificamente a estrutura lógica e racional subjacente à vida religiosa concreta do homem.
"Deus é que está acima de toda a substância está fora de todo o conhecimento", o ser divino transcende infinitamente a razão.
Os argumentos de demonstração de existência de Deus: a priori, a posteriori e a simultaneo.

1 - O argumento ontológico

Desde Kant, o argumento a priori de S. Anselmo é chamado ontológico.
Nos primeiros capítulos do Proslogion:

"...o ser do qual não se pode pensar nada maior existe, sem dúvida,
na inteligência e na realidade."

Diz Anselmo: "crer para compreender. Efetivamente creio, porque, se não cresse, não conseguiria compreender". Não parte de uma experiência externa, mas do próprio conceito de Deus. E procura exclusivamente através da razão, provar que o dado de fé compreende a verdade. Anselmo examina o problema do ser do qual não é possível pensar nada maior. Se Deus apenas existisse no pensamento, também podemos pensar que existe na realidade. O argumento ontológico de Anselmo excluindo o caminho da experiência pessoal e do mundo.
Max Scheler adverte o conceito de experiência não deve ser reduzido simplesmente à experiência sensível ou empírica. Até hoje o argumento ontológico é um tema central da Filosofia.
Mas o monge Gaunilo, já objetou que a existência de Deus no pensamento não tem como corolário sua existência fora do mesmo. O argumento ontológico só seria válida para o ser supremo. Entretanto Tomás de Aquino objetou que existe uma diferença entre o ser no intelecto e o ser na realidade.
Para Kant, dizer que "Deus existe" é dizer apenas o conteúdo Deus no conceito Deus, não na realidade. Hegel afirma que "Deus deve ser expressamente o que pode ser pensado só como existente".
Gabriel Marcel afirma que "se a prova ontológica resiste, é porque se instala em Deus desde o primeiro momento". Kant, Locke, Hume e Mercier não aceitam a argumentação anselmiana. Tillich não aceita que existe um caminho (provas), a partir do homem, para chegar a Deus, mas Deus se revela o homem.

"O aspecto teórico foi elaborado por Agostinho, o aspecto prático por Kant. E por trás de ambos, está Platão. Nenhum dos lados construiu um argumento para a realidade de Deus".

Charles Hartshorne, em sua obra Man's Vision of God sustenta a tesa de um Deus cuja essência é realmente imutável, mas que se completa a si mesmo numa experiência progressiva. Aquele Deus estático da tradição greco-romana cede lugar à visão dinâmica do Deus-amor.
Para Norman Malcolm a proposição a priori "Deus existe necessariamente" contém a proposição "Deus existe". Bertrand Russel, em sua obra História da filosofia ocidental diz:

"...ninguém, antes de Anselmo, havia exposto o argumento em toda a sua pureza lógica."

Pode uma prova racional demonstrar a existência de Deus? Parece que não existe uma demonstração racional da existência de Deus que convença a todos, da mesma maneira que não há prova de sua não-existência. A Filosofia reconhece o elemento incondicional na estrutura da razão e da realidade.

2 - As vias de Tomás Aquino

A metafísica tomista é um desenvolvimento do senso comum, porque é filisofia do ser. Tomás aplica sua razão para obter uma compreensão dos mistérios da fé. O que interessava a Tomás era a verdade das coisas. Encontra esse interesse pela verdade no aristotelismo. Dois tipos de provas: a partir da causa ou a partir do efeito.
Tomás de Aquino afirma:

"Há duas espécies de demonstração. Uma, pela causa, ...Outra, pelo efeito, que é chamado a a posteriori."

O núcleo central da prova tomista está no conceito de contingente.

"A verdade sobre Deus, investigada pela razão, só a atingem poucos."

As tradicionais provas que partem da experiência do contingente e se fundamentam no princípio da causalidade eram suficientes nos tempos pré-modernos. As cinco vias de Tomás como provas da existência de Deus:
A primeira via:

"...é necessário chegar a um primeiro motor, por nenhum outro movido, ao qual todos dão o nome de Deus".

Baseado em Aristóteles, todo movimento tem uma causa, o primeiro motor é Deus.
Esta prova é um primeiro princípio do qual depende a série toda.

A segunda via, a causa primeira não causada é Deus.

...é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus."

Deve admitir-se uma primeira causa não-causada, Deus.
A terceira via, parte do ser contingente ao Ser necessário.

...é forçoso que exista algo que seja necessário por si mesmo e que não tenha fora de si a causa de sua necessidade, mas seja causa de necessidade dos demais, ao qual todos chamam Deus".

Se alguma coisa contingente existe, é porque participe do necessária absoluto, Deus.
A quarta via, baseia-se nos graus hierárquicos de perfeição observados nas coisas.

...há um ser, causa do ser, e da bondade, e de qualquer perfeição em tudo quando existe, e chama-se Deus".

Deverá existir, portanto, uma verdade e um bem em si: Deus.
A quinta via:

...há um ser inteligente, pelo qual todas as coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus".

Há uma inteligência primeira, ordenadora da finalidade das coisas, essa inteligência soberana é Deus. Tomás parte da idéia fundamental de que Deus, invisível, é demonstrável pelos efeitos visíveis. As primeiras três vias fundam-se sobre o princípio da causalidade eficiente e duas últimas sobre a causa final. No máximo se pode concluir que um efeito tem uma causa. Pode perguntar-se, com Kant, até que ponto a teologia pode servir de base para as afirmações filosófico-teológicas.
Kant questiona em sua crítica e Deus aparece como um postulado imprescindível da razão humana. Em todas as provas da existência de Deus pela experiência é problemática a passagem do visível ao invisível.
As cinco vias de Tomás de Aquino nunca pretenderam ser provas físicas, mas teológicas, pois, em seu tempo, ainda não fora rompida a unidade fé-razão e razão-fé. A doutrina tomista sobre a existência de Deus ficou refletida nos documentos do Concílio Vaticano I. Embora se afirme que o meio objetivo, para chegar a um conhecimento certo sobre Deus, são criaturas, visíveis ou invisíveis. A encíclica do papa Pio XII "põem em dúvida que a razão humana seja capaz de demonstrar a existência de Deus pessoal sem ajuda da revelação e da graça divina por argumentos deduzidos das coisas criadas". Ele sentia-se preocupado de que aquela renovação do tomismo começava a decair.
O reconhecimento racional de Deus não precede a fé, a fé em Deus não é mera questão da razão humana. A relação com Deus é uma relação de confiança que envolve a globalidade da pessoa. Nenhum conceito consegue dizer plenamente a realidade de Deus. Ele transcende todos os conceitos.

III - O CAMINHOS NÃO-RACIONAIS

Os caminhos que envolvem a globalidade das dimensões da existência humana: a razão, o afeto, o desejo e o coração. As grandes tradições do pensamento filosófico originaram-se em tradições religiosas previas: na Índia, na Grécia e no Ocidente cristão.
No século XIX, surgiram reações contra a pretensão do homem de captar cognoscitivamente Deus. Grandes pensadores negaram o caráter de prova dos argumentos racionais.

1 - Tradicionalismo e fideísmo

Por tradicionalismo entende-se uma postura conservadora comprometida com a tradição ou o passado. A doutrina tradicionalista pode resumir-se nas seguintes teses: a) a razão individual fisicamente é incapaz de atingir verdades metafísicas; b) é apenas receptiva e passiva, devendo receber verdades de fora através da palavra; c) esta palavra exterior tem sua origem numa revelação primogênia de Deus; d) o homem deve acolher essa palavra revelada com fé.
Os tradicionalistas, dizem que o homem chega a conhecer a existência de Deus em virtude de uma revelação originária à humanidade, transmitida pela tradição.
J. de Maistre, para quem Deus, ao criar o homem, lhe comunicou diretamente sua idéia. A ordem social se fundamenta na ordem moral originariamente revelada por Deus.
O fideísmo é um movimento que limita a função da razão em vista do conhecimento de verdades religiosas. O homem tem acesso a Deus por suas próprias forças e que ele pode conhecer Deus sem Deus.
Karl Barth, protestou contra a Teologia liberal protestante, liderada por Schleimacher. Barth queria retornar à Bíblia, voltar à revelação de Deus, afastar-se da religião e da religiosidade para retornar à fé cristã, voltar-se a Deus, o totalmente outro. Mas a Teologia dialética, mais que uma ponte, lançou um abismo entre a fé e a experiência.
A escola vienense, estabeleceu a tese da fé historicamente originária em um Deus transcendente e único, ou seja, a fé da humanidade num Deus único. A revelação é a fonte última e única de todo o conhecimento, dirigindo-se a um destinatário incapaz de livre decisão. A posição ocupada por Deus elimina a autonomia do homem, a fé é despida da sua plausibilidade racional para tornar-se simplesmente cega.
O Concílio Vaticano I condenou, o racionalismo radical, o tradicionalismo e o fideísmo radicais.

2 - O pragmatismo

O pragmatismo rejeita tanto a via racional quanto a tradição como caminhos de acesso a Deus. A crença em Deus é útil e necessária para sua conduta e ação.
Peirce é o fundador do pragmatismo americano e seus principais representantes são William James e John Dewey.
Ele deriva da tradição clássica do empirismo inglês. O empirismo clássico baseada-se, na experiência passada, tornando-se um patrimônio que podia ser inventariado e sistematizado de forma total e definitiva. Pode considerar-se verdadeira a fé em Deus, se ela for útil para a vida prática.
Uma das características do pragmatismo americano é considerar o conhecimento não como uma função independente mas vinculado ao processo concreto da vida. W. James mantém a prioridade da experiência religiosa com relação à qual é secundária toda a explicação conceitual. O fundamento da religião não é a razão, mas a fé; o sentimento, e as outras experiências particulares como a oração, conversações com o invisível, etc.
Na sua obra principal, As variedades da experiência religiosa, James estuda o fenômeno religioso como psicólogo desde a perspectiva empirista. Para conhecer a verdade, deve perguntar-se: a que conseqüências práticas conduz? Qual é seu valor real para configurar a vida pessoal? Deus não se conhece, não se compreende, mas necessita-se dele como suporte moral, como amigo ou como objeto de amor.
Segundo Charles S. Peirce, as diferentes crenças se distinguem de acordo com as diversas modalidades de ação às quais dão lugar. A função de uma fé religiosa é unir os homens num sentimento de comunidade de esforços e de destino. A idéia de Deus pode ajudar a unificar interesses e energias e estimular ações. "Não se conhece a Deus, não se o compreende, mas precisa-se Dele". Os homens agem como se as ficções por eles criadas fossem realidade. Este é o tema de sua obra principal, a filosofia do como se.
O pragmatismo só vê um aspecto dessa realidade. Experiência e reflexão são inseparáveis. Sem a experiência, a reflexão religiosa é vazia. Não há princípios metafísicos, nem normas morais absolutas que permitam verificar o que é bom e mau independentemente daquilo que se deseja e se considera pessoalmente como bom.
Esta posição é, sem dúvida, perigosa. Pode ser também o ponto de vista de poderosos ou a atitude cética de intelectuais.

3 - O modernismo

Desde fins do século XIX, desenvolveram-se correntes filosóficas, que levam o nome de filosofias da imanência. Por sustentarem a primazia da experiência religiosa interna sobre o conhecimento discursivo.
O modernismo aparece como uma aspiração de renovar a Igreja, embora seus fundamentos são estritamente filosóficos.
Pode resumir-se a doutrina modernista nas seguintes proposições: a) Deus se revela-se imediatamente, sem intermediário, à consciência do homem; b) Deus é antes de tudo um princípio de ação; c) os dogmas nada mais são do que a expressão simbólica e imperfeito; d) a Bíblia deve ser estudada como um documento histórica da humanidade.
O sobrenatural é a "união íntima de Deus com o homem, a prolongação da vida divina na vida humana". Alfredo Loisy, é considerado o pai do modernismo católico:

"A verdade evolui com o próprio homem e nele e por ele..."

Segundo Laberthonière, a verdade filosófica não pode ser uma verdade abstrata, mas uma verdade vivida. Opera-se dentro do modernismo uma mudança radical da própria noção de verdade, de religião e de revelação.
Os dogmas são meros símbolos da vida moral e religiosa, ao mesmo tempo em que a redução da fé ao instinto subjetivo é o único resultado lógico do princípio da Reforma.
O sentimentalismo segundo o qual nosso conhecimento de Deus provém de um sentimento, mas nunca através da razão. A inteligência tente traduzir em representações conceituais essa experiência do Absoluto. Esses conceitos são puros símbolos da realidade religiosa.
Para " provar a existência de Deus, de nada servem as demonstrações da metafísica medieval". "...São as exigências de nossa vida moral e a experiência do divino que se efetua na nossa consciência."
Na encíclica Pascendi, Pie X, qualifica-se o modernismo de "compêndio de todas as heresias", os principais erros do modernismo são: contém o agnosticismo.

4 - A experiência religiosa

Os autores chamados filósofos da religião e da consciência, defenderam a prioridade da experiência religiosa.
Kant havia elevado a experiência religiosa a critério absoluto e independente do pensamento objetivo, com a separação entre razão teórica e razão prática. A única prova da existência de Deus é o sentimento religioso e a experiência do divino.
A palavra sagrado ou santo, para R. Otto, é a palavra chave de toda a religião, ele mostra que a religião se compõe de elementos racionais e não-racionais. O mistério é aquilo que excede o pensamento, o homem sente-se diante de uma realidade, sem poder aplicar-lhe nenhuma das categorias cognoscitivas racionais. R. Otto quer recuperar todo o aspecto não-racional ou pré-racional da religião, através da análise da experiência.
Segundo Schleiermacher, o sentimento do numinoso, deve ser uma "faculdade que permite conhecer e reconhecer genuinamente o santo em sua manifestação":

"A verdadeira divinização...se preocupa com a significação e se o fato é um sinal do sagrado".

Pensadores católicos falaram da experiência religiosa que engendra a verdade. Gardini diz que: "só a experiência religiosa consegue que a demonstração se ponha em marcha, que acerte a direção a seguir".
André Fossard publicou um livro: "Deus existe: eu o encontrei", relatando a experiência pessoal de seu encontro interior com Deus. Pode crer-se autenticamente em Deus sem provas racionais. Experiências que podem ser testemunhadas, mas não demonstradas.

5 - A experiência social

Muitos sucumbem à tentação de buscar o acesso a Deus simplesmente pela revolução social. Líderes só admitem Deus como quem acompanha e ajuda seu povo oprimido em sua revolução libertadora. Confunda-se Deus com interesses de classe ou de grupos.
Buscando um Deus prático relacionado inteiramente com nossa vida individual e social.
Leonel Franca, em sua obra O problema de Deus, disse: "A nobreza da religião que consista em elevar o homem a Deus degrada-se baixando Deus ao nível do homem.


IV - CAMINHOS NÃO EXCLUSIVAMENTE RACIONAIS

A intuição faz sentir a Deus em uma presença, enquanto que as demonstrações racionais, fazem de Deus um conceito.

1 - Via intuitiva

A intuição significa a captação global da realidade de Deus, sem discurso explícito das razões que fundamentam a verdade de Deus. Nicole Malebranche defende a tese de que Deus contém em si mesmo todas as idéias como arquétipos das coisas.
Segundo o ontologisto Rosmini, nós temos uma intuição do ser possível ou ideal, a idéia do ser é uma abstração tirada não da realidade das coisas mas de Deus. Segundo Gioberti, a mente humana conhece as coisas objetivamente porque as contempla em Deus. Tal visão das coisas em Deus chama-se ontologismo.
A tese dos ontologistas inspira-se no agostinianismo, com sua teoria da iluminação direta do entendimento humano, por parte de Deus. O problema colocado pelo ontologismo é o seguinte: pode o homem ter uma percepção direta e imediata de Deus?
Os bispos de Nápoles e Perugia propuseram o anátema à proposição de que "o conhecimento, direto e imediato, de Deus é natural ao homem".

2 - Experiência consciente de Deus

É o conhecimento imediato de Deus mediante uma experiência consciente da presença divina nas criaturas ou na alma. S. Agostinho afirma que Deus aparece demonstrado na própria estrutura da alma, possuidora da fé. O princípio da verdade ilumina nossa inteligência para que percebamos a verdade mesma, imutável e eterna: o Deus revelado.
S. Boaventura pensa que a existência de Deus é evidente para a alma. O Deus de S. Boaventura não é resultante de um exercício mental, mas o Deus da experiência religiosa e cristã que se manifestou no interior do homem. Se a existência de Deus necessita ser demonstrada, é por defeito de nossa mente. "conhecemos a verdade, não somente mediante a razão, mas também pelo coração". (Pensamentos, Pascal)
A lógica da razão deve ser acompanhada da lógica do coração.
O Padre Graty escreveu um dos melhores livros filosóficos sobre Deus: "De la connaissance de Deus", segundo ele, o homem tem: a inteligência e a vontade. O sentido é o centro da pessoa humana e é triplice; a) o sentido externo; b) o sentido íntimo; c) o sentido divino. Não se deveria falar de demonstração mas mostração de Deus, porque através do sentido se dá um contato com Deus, pois a alma percebe sua imagem refletida.
O ateu é, para Graty, o homem privado deste sentido divino. Se, para Kant, Deus era uma idéia, para Newman Deus é uma presença, isto é, uma realidade pessoal que se revela na consciência fiel. As provas só são eficazes para quem cultiva as razões do coração:

"Quem de vós não creu nesta existência antes de demonstrá-la?"

3 - Experiência de nossas vivências

J. Maréchal afirma a existência de Deus desde o dinamismo intelectual do conhecimento objetivo, o método dele consta de três passos fundamentais:

a) uma análise reflexiva; b) uma afirmação absoluto; c) o
estabelecimento do valor objetivo absoluto do objeto.

Maréchal comentava a posição de Le Roy:

"...uma prova que se apoiasse nas experiências progressivas de boa
vontade em atitudes de busca, poderia levar à afirmação de Deus".

Na sua famosa tese do dinamismo do ato e da analogia:

"O dinamismo recela a limitação do ato."

O metodo de Maréchal parte da consideração do próprio pensamento humano e observa que estamos colocados no absoluto. Maurice Blondel parte da convicção de que a Filosofia não é conhecimento puro e abstrato, mas "aspiração infinita... para realizar o ideal do sábio". Deus brota do dinamismo interior da mente e da vida.
Para Max Scheler, todos os valores encontram sua fundamentação no Valor Supremo, em Deus como pessoa. Ele distingue o conhecimento religioso com um conhecimento valorativo cujo fundamento se encontra no emocional, em atos constitutivos da pessoa humana como amor. Como este é um doar-se, justamente no Amor, Deus e homem se encontram. Assim o caminho para Deus é um ato de amor. Scheler situou Deus na "percepção emocional imediato".

"O objeto dos atos religiosos é, ao mesmo tempo, a causa de sua
existência".

O conhecimento de Deus é o conhecimento, para ele, de uma presença, que não pode ser pensada a não ser como pessoa.
É impossível entender o homem em profundidade sem a referência ao Absoluto.
O conhecimento religioso é um conhecimento de Deus mediado pelo próprio Deus. O conhecimento metafísico pode captar o caráter pessoal de Deus, mas nunca atingirá o cerne da pessoa de Deus, ou seja, o amor infinito.
Para H. Bergson, a intuição instala-se no coração do real, permite o acesso ao centro do eu para onde não chega a reflexão subjetiva. Bergson afirma que o homem só pode se aproximar de Deus através da experiência.
Em As duas fontes pergunta:

"...o que a filosofia nos pode ensinar sobre um Ser transcendente ...e determinar então a natureza de Deus raciocinando sobre o que a experiência tenha dito?"

Os profetas e os místicos cristãos testemunharam, com sua experiência, que há algo transcendente a todo o élan, que é Deus, situam a realidade de Deus na experiência humana.

...se o misticismo é tal como eu disse, deve proporcionar o meio de abordar de algum modo, experimentalmente o problema de Deus".

Ele vê a religião dinâmica, a religião continua o impulso criador da vida e tende a formar a vida mais perfeita para o homem no impulso místico. O próprio Bergson teve que defender-se sua visão contra varias acusações.
Eduardo Le Roy, na sua obra, o pensamento intuitivo, viver significa crer em Deus; conhecer Deus significa tomar consciência do que está implícito no ato de viver.
Para Gabriel Marcel, deve haver uma experiência do transcendente, por isso não nos aproximamos de Deus por deduções racionais, mas através das experiências totalizadoras: a fidelidade, a esperança e o amor.
A experiência de Deus surge no homem de uma busca originária do absoluto, de uma "experiência de transcendencia". Na obra Experimentar Deus hoje, Leonardo Boff diz:

"Vivência não é sinônimo de experiência. É conseqüência e
resultado da experiência na psique humana."

Boff mostra que a experiência é sempre feita dentro de um modelo prévio e de perguntas previamente colocadas. A questão de Deus é a questão do sentido da vida, da história e do mundo. Ele disse: "Deus emerge como experiência no esforço gigantesco que se faz por todas as partes para arrancar da América Latina do atraso e da inumanidade". Quando isso acontecer e nos sustentar emerge aquilo que chamamos Deus.
Como a religião, também a Filosofia procura responder à mesma exigência do homem: encontrar sentido para a existência. Hoje, a Filosofia pode tentar novos caminhos, salientando os aspectos da experiência humana nos quais a existência se mostra aberta para o Absoluto.

4 - Experiência mística

A mística é um fenômeno universal, perpassa todas as religiões, é o adjetivo derivado de mistério.
Trata-se de uma experiência imediata de Deus ou simplesmente do Uno. A mística apresenta um caminho duplo: A primeira via é a da experiência do deserto, da pobreza, da noite do esvaziamento interior e exterior. A segunda via é a do engajamento no mundo, para descobrir Deus em sua intimidade. A mística testemunha um conhecimento sem mediação de conceitos, modelos e palavras.
No século XIV, separam-se razão e fé, e as verdades teológicas são colocadas para além da razão. Os grandes místicos cristãos são Eckhard, Santa Tereza, S. Francisco de Assis e S. João da Cruz entre outros. A mística do alemão Eckhard é conhecida com a doutrina de que a idéia do homem, o seu modelo exemplar, de que é imagem, é o próprio Deus.
Os graus progressivos da ascensão do homem a Deus: o pensamento, a meditação, a contemplação e o êxtase.
H. Bergson escreveu:

"O amor místico coincidindo com o amor de Deus por sua obra, amor que tudo fez, ele revelaria a quem soubesse interrogar o segredo da criação".


V - CIÊNCIA, FÉ E RELIGIÃO HOJE

Como se relaciona a ciência com a fé e a religião, no Ocidente, hoje? Cada geração pergunta, sempre de um modo novo, pelo sentido da vida humana e do mundo como tal.
O Cristianismo tinha o prestígio quase total na Idade Média. Hoje mudou. O que domina, no Ocidente, é a crença na ciência e a técnica que conquistaram o prestígio, o edifício da ciência não parece tão seguro, não são o amor, a filosofia e a religião tão importantes para o homem como a própria ciência?
Hans Küng, em seu livro Existe Deus? Constata que as conseqüências negativas do progresso técnico-ciêntifíco colocaram a questão ética da responsabilidade. Os psicanalistas admitem o nexo entre diminuição da religiosidade e a desorientação na vida. Constatamos uma agressividade contra a forma institucionalizada da Igreja, seu doutrinalismo e conservadorismo. Religião autêntica busca fundar o sentido último no absoluto ou em Deus.
Julian Marias escreve em sua História da Filosofia: "Uma vez que o homem se sinta seguro, Deus, já não interessa". A racionalidade científica não se preocupa com questões como origem e destino absolutos do universo.
A fé não se caracteriza pela objetividade e intersubjetividade crítica da ciência. Envolve o próprio sujeito no relacionamento existencial com Deus. Mas a fé em Deus sempre está ameaçada pela dúvida e pela descrença. Do ponto de vista humana, a fé se caracteriza pelo livre engajamento pessoal. A fé sempre é decisão pessoal e livre.
A fé estabelece uma relação pessoal imediata, de maneira análoga ao amor. Sua estrutura é diádica. Como chegamos à relação eu-tu com outra pessoa? O conhecimento científico é mediato. Sua estrutura é triádica: Eu provo algo a alguém.
Quem crê num Deus para todos os homens, perceberá que, tendo um pai comum, é possível a fraternidade universal. Quem crê em Deus Criador do universo, não pode negligenciar o mundo como obra de sua bondade, pois dizer sim a Deus implica um sim a toda a sua obra, e dizer não ao mal e fazer todo para superá-lo.
Quem hoje crê em Deus deve lutar por fraternidade, justiça e progresso na ciência, sem limitar-se ao conhecimento científico.




ZILLES, Urbano - O problema do conhecimento de Deus - Porto Alegre:
EDIPUCRS, 1989




APÊNDICE

Segundo o Pensamento da Unificação, o homem é decaído, ou seja separado de Deus, seus pensamentos tornaram-se profanos, ou separado do pensamento "celestial". Muitos pensadores formaram suas filosofias de acordo como as necessidades da idade e do ambiente. Cada pensamento pode ser vista como um degrau de uma escada subindo da terra para o céu. Os pensamentos da história sejam de Platão, Kant ou Hegel, ajudaram a resolver "O Problema do Conhecimento de Deus" passo a passo. O propósito do Pensamento da Unificação é de completar este processo e de responder as questões fundamentais que ainda não foram respondidas pelos pensamentos tradicionais.
O primeiro problema é da "existência", e o segundo é como todos os seres existindo se relacionam, ou seja o problema dos "relacionamentos".
O homem foi criado na imagem de Deus, então precisamos entender a Imagem Original. Kant, Hegel e outros tentaram explicar sobre Deus, mas não conseguiram respostas completas, a Teoria da Imagem Original do Pensamento da Unificação apresenta as soluções do Problema do Conhecimento de Deus.



LEE, Sang Hun - Explaining Unification Thought - Unification Thought
Institute - New York - 1981

OS PERGAMINHOS DO MAR MORTO DESCOBERTOS EM QUMRAN

ARQUEOLOGIA

PESQUISA SOBRE OS PERGAMINHOS
DO MAR MORTO DESCOBERTOS EM QUMRAN


Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Arqueologia, do curso de Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Rogério de Carvalho Lima.


FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ- 2003

A CONTRIBUIÇÃO DE QUMRAN(1)


Até a metade do século XX, os manuscritos dos livros bíblicos mais antigos eram dos séculos X-XI. Graça as descobertas de Qumran, nós temos manuscritos anteriores de nossa era.

Os famosos manuscritos do Mar Morto foram descobertos, de 1947 ate 1956. Aqueles que estavam nas grutas acima de Khirbat Qumran são os mais importantes. Outros foram encontrados nas grutas mais no Sul, e também nas ruínas da fortaleza de Massada. No total onze grutas na região de Qumran. As descobertas realizadas na primeira (1Q), na quarta (4Q) e na décima - primeira (11Q) são as mais interessantes das grutas(2).
Um quarto deles pertence ao conjunto geralmente chamado de Antigo Testamento.

No total, há 173 manuscritos distintos dos livros da Bíblia hebraica (25 do Deuteronômio, 31 dos Salmos, etc.); alguns são em aramaico (Targoum de Jó), outros em grego (Êxodo e Levítico segundo a tradução da Setuaginta). Esses vão de fragmentos muito pequenos de dois ou três versículos, até o grande rolo de Isaías que inclui integralmente os sessenta e seis capítulos deste profeta e mede 7, 30 m de cumprimento e 27 cm de largura; ele foi copiado cerca 120-100 antes de nossa era.

Todos os livros da Bíblia hebraica são atestados, em exceção de Ester. Mas nenhum texto do Novo Testamento é representado, mesmo um pequeno fragmento não tem. Porque a grande maioria dos textos de Qumran é anterior à era cristã, e os Essênios que moravam a Qumran deixaram a região há cerca de 68 de nossa era, no início da guerra judeu, na época em que as cartas de Paulo ainda não chegaram a este povo e também a redação dos evangelhos não começou. Os Essênios eram considerados como uma seita judia praticando o ascetismo, o celibato e a comunidade dos bens.

Nós temos o Novo Testamento e a tradução grega do Antigo Testamento a partir de manuscritos copiados por cristãos no quarto século (codex vaticanus) e alguns fragmentos a partir dos papiros mais antigos. Mas os manuscritos da Bíblia hebraica (o texto recebido hoje como canônico) que tínhamos até hoje são todos dos séculos X-XI. Agora graças aos manuscritos do Mar Morto, nós temos acesso a textos bíblicos escritos por judeus antes de nossa era. E as variações dos manuscritos são bem claras: nós podemos no final ter uma idéia de como a Bíblia foi constituída no estado que nos a lemos hoje.

Quando, cerca de 250 antes de nossa era, em Alexandria, a Septuaginta, a tradução grega do Pentateuco (Tora), depois a tradução dos Profetas apareceu, o cânon das Escrituras ainda não estava fechado e o fenômeno de fixação definitiva ainda não havia totalmente separado a transmissão do texto e o comentário daquele. Pouco perceptível para o Pentateuco (mas no Êxodo 35-40 há diferencias importantes), este fenômeno é muito visível nos textos dos Profetas, como Jeremias. Sobre a terceira parte da Bíblia hebraica, ela contém obras como os Salmos, Jó, etc.; mas sua fixação definitiva não está feita. Na Septuaginta, nós encontramos obras desconhecidas da Bíblia massoretica, como a Sabedoria, quatro livros dos Macabeus, Tobias, o Siracida... Estes dois últimos fazem parte também dos manuscritos do Mar Morto. O povo de Qumran acrescentavam também a Bíblia: o livro de Henoc, Tobia... É um sinal que o cânon das Escrituras não estava concluído.

O texto do grande rolo de Isaías não tem grandes diferenças com o texto hebraico atual, apesar que há algumas variações conforme o grego da Septuaginta. Haviam rolos da Bíblia bem diferentes uns dos outros. Um trabalho de correção dos manuscritos foi iniciado na época de Jesus até o final do primeiro século de nossa era, todas as obras do tipo apocalíptica (a exceção do livro de Daniel) muito presentes dentre a literatura de Qumran foram rejeitados.

A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
A Regra da comunidade de Qumran impõe que seus membros "velam juntos durante um terceiro de todas as noites do ano para ler o Livro (= a Bíblia)". Esta leitura produz resultados definidos, como está registrado nos manuscritos.

Os Essênios pensavam ter chegado nos últimos tempos: o fim trágico deste mundo e a vinda do novo mundo estavam próximos. Esta escatologia apocalíptica se encontra no Rolo da Guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas. E também aparece na leitura das Escrituras. Quando eles comentam os textos proféticos de Naum e Habacuque ou ainda o Salmo 37, os Essênios não deixam uma significação aberta; eles explicam cada versículo mostrando como ele foi cumprido na história da comunidade qumraneana. O sentido do texto é desta forma fechado. Por exempla, Naum 2, 12, "O leão" é Demetrius, rei de Yavan (= Antioquia na Síria), quem procurou a entrar em Jerusalém segundo o conselho dos fariseus. Até as descobertas dos manuscritos do Mar Morto, pensávamos que este tipo de exegese era praticado só pelos cristãos.

Os Essênios de Qumran tinham a convicção de ser o "santo que sobra" pronto para enfrentar o final dos tempos. Eles praticavam a comunidade dos bens (Regra da comunidade) para imitar o povo de Israel no Sinai. Eles tinham um propósito eclesial: eles acreditavam ser o "povo convocado" por Deus (isso é sentido da palavra "igreja") que ia passar no novo mundo. Tudo isso nos dá um entendimento novo para vários textos do Novo Testamento (a partilha dos bens em Atos 4: 32 por exemple). É interessante também de ver as similaridades da idéia de Igreja da comunidade Qumran e de Jesus e seus discípulos.


NOTAS:
[1] COUSIN, H.- Actualité des Religions, p.62

[2] NDOFUSU, L.- Apostila de Introdução Bíblica, p. 22


REFERÊNCIAS

COUSIN, Hugues. Actualité des Religions (Hors Série N°7) -
Paris - Publicações de la Vie Catholique, Setembro 2002.

NDOFUSU, Lola. Apostila de Introdução Bíblica - Rio de Janeiro


OUTRAS REFERÊNCIAS

CROSS, F. M.; The Ancient Library of Qumran - Doubleday &
Company, Inc., 1961.

DE VAUX, R.; L'Archéologie et les manuscrits de la Mer Morte -
Oxford University Press - Londres, 1961.

BURROWS, M.; The Dead Sea Scrolls - The Viking Press, Inc.; 1955

ESTUDO DO COMPORTAMENTO RELIGIOSO

ANTROPOLOGIA

ESTUDO DO COMPORTAMENTO RELIGIOSO

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Antropologia, do curso de Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Lola Ndofusu.


FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ- 2003


SUMÁRIO
O fato religioso
Os ritos, a visibilidade das religiões
Os símbolos
As grandes manifestações
O animismo, a primeira forma de religião
O vodu
A macumba e o candomblé
O sábado no Judaísmo
Os milagres no Cristianismo
A pratica do Islã
A peregrinação na Meca
O ideal Budista, a vida monástica
Conclusão

O fato religioso
Os ritos, a visibilidade das religiões
Cerimônias litúrgicas, ritos, procissões, peregrinações são comuns a todas as religiões. Eles marcaram o conjunto da vida social.
Os ritos religiosos são destinadas a revelar a visibilidade e a sensibilidade de noções abstratas como o poder e a glória de Deus.
A prostração simultânea dos muçulmanos durante a oração, o sinal da cruz dos cristãos, o balanceamento dos judeus durante a recitação dos textos sagrados, a utilização do incenso e da água benta, os ornamentos litúrgicos, todos esses diversos ritos só podem ser explicado através do conteúdo simbólico deles, conhecido por cada fiel.

Os símbolos
Dentre quase todas as culturas, o fogo é purificador, destruidor do mal, a luz simboliza o conhecimento, o ajoelhar ou a prostração são sinais de humildade. Mas o valor simbólico das cores muda: o branco é cor de luto no budismo e vermelho é para a felicidade, pois usada para o casamento.
As grandes manifestações
As religiões organizam grandes ajuntamentos de pessoas para fortalecer a solidariedade, mostrar a importância numérica e o fervor dos membros. Milhões de fieis reúnem-se. Os peregrinações de Kumbh Mela, na Índia para o hinduísmo, Lourdes, na França e Fátima, no Portugal para o catolicismo ou a Meca para os islamismo são manifestações importantes de fervor religiosa(1).

O animismo, a primeira forma de religião
Há muitas formas de animismo praticada pelos diversos povos de cada continentes. As vezes frangos são doados para alimentar o jacaré sagrado, outras vezes tem que orar para o espírito da árvore antes de a cortar.
Mais de 100 milhões de pessoas no mundo são de tradições animistas, mas duas ou três vezes esse numero continuam a praticar no mesmo tempo adotando uma outra religião.
É o caso da África onde os muçulmanos e os cristãos freqüentemente conservam algumas tradições animistas.

Para entrar em contato com os espíritos, há dois caminhos possíveis:
O xamã devido a um processo de iniciação difícil, geralmente hereditário, entra em contato com um ser espiritual. Seguindo rituais complicados e tomando remédios especiais, o espírito do xamã deixa seu corpo para encontrar outras entidades espirituais. É praticado nas tradições dos Índios e nos povos da Sibéria.

O animismo de possessão necessita também a intervenção de um especialista, chamado nganga, ou bruxo, usando rituais e sacrifícios consegue a fazer descer um espírito dentre um corpo de um outro adepto que vai ficar em transe e o bruxo vai interpretar a mensagem que vai se manifestar(2).

O vodu
O vodu é praticado para maioria dos Haitianos, ele é ligado ao vodu do Benin. Há 400 entidades, chamadas loa, cada uma delas tem um culto específico. O sacerdote as chama desenhando um vevé no chão, freqüentemente são triângulos ou estrelas de sete ramos. A cerimônia começa para danças para chamar o loa. A entidade desce sobre um membro já iniciado e ele entra em transe. A oferenda é apresentada para o loa, pode ser um frango, que ele vai morder no pescoço, ele vai beber o sangue para tomar a força vital.

A macumba e o candomblé
Oriunda diretamente da religião dos Yorouba do Nigéria, a macumba é muito espalhada no Brasil, o candomblé é a forma mais pura praticada na Bahia. Existem milhares de grupos cultuando no Brasil todo, quase todos os brasileiros são mais ou menos marcados para uma forma de crença ligada a essas religiões(3).

O sábado no judaísmo

O sábado, shabbat em hebraico, é o descanso de Deus e o sétimo dia da criação, é um dos fundamento da prática religiosa judaica. Dia feriado oficial no Estado de Israel, começando sexta no por do sol até sábado no por do sol seguinte. A família esta reunida, sexta a tarde vinte minutas antes do por do sol para o ritual, a mãe ascenda duas velas, recita a prece de bênção, o pão esta santificado e a família compartilha o jantar especial.
Todas as atividades são proibidas, não pode transportar nada ou fazer qualquer negócios, não pode ligar a luz, mas é possível de ligar antes de início do sábado ou de usar uma temporizador automático(4).

As milagres no cristianismo
No 11 de fevereiro de 1858, uma jovem de 14 anos teve visões da "Virgem", que se repetiram 18 vezes, chamando a atenção de mais 20 000 pessoas que chegaram desde a segunda semana. Uma fonte de água sagrada apareceu, uma jovem paralisada da mão foi curada. Lourdes, no sul da França, hoje receba 5 milhões de visitantes por ano, dentre eles, 80 000 doentes ou portador de deficiências físicas ou mentais. Milhares de pessoas foram declaradas curadas, mais o processo oficial pelo reconhecimento autenticado do milagre é muito rigoroso, só 2000 foram confirmados pelos médicos e 65 pela hierarquia católica(5).

A pratica do islã
O muçulmano adulto deve fazer oração cinco vezes por dia, no chamado do muezzin, o amanhecer, no meio-dia, a tarde, no por do sol e a noite. Todo ano no nono mês lunar toda a comunidade pratica o jejum, do amanhecer até o por do sol. O jejum é obrigatório para todos os adultos, são dispensados, os doentes e as mulheres grávidas. O ramadan é um mês sagrado, um período de confraternização à noite enquanto o jejum é quebrado.

A peregrinação na Meca
Todo muçulmano deve ir em peregrinação na Meca uma vez durante sua vida adulta, é necessário uma pureza espiritual, os homens vão de cabeça não coberta, vestem dois pedaços de tecido branco sem costura e sandálias.
O peregrino toca a pedra preta da Kaaba, roda sete vezes ao redor, vai beber na fonte Zamzam, anda sete vezes entre os montes Safa e Marwah, fica uma noite meditando no monte Arafat, perto da cidade e vai apedrejar sete vezes uma pedra simbolizando o diabo. A peregrinação inclua uma visita a Medina, onde fica os túmulos do Profeta e dos grandes califas. A Meca receba cerca de 3 milhões de visitantes por ano(6).

O ideal Budista, a vida monástica
Para fugir das ilusões do mundo e seguir sem fraqueza os ensinamentos do Buda. Mosteiros foram fundados. Os monges devem memorizar e obedecer a 227 regras. A vida comunitária implica de nega toda propriedade individual. Os monges só podem ter nove objetos deles: três vestidos, um barbeador, uma agulha para costura, um pote para água, uma tigela para pedir comida e um leque. Eles devem permanecer solteiros.
Desde nove anos, é possível de entrar no mosteiro, o monge recebe um nome novo, significando uma nova existência.
Os monges devem pedir a comida com os fiéis. Vestidos de cor safran, eles saem em grupos dois horas antes do amanhecer com a tigela. O fiel vai doar a comida acreditando que ele vai receber méritos em vista de uma reencarnação melhor, é o bonze que da um serviço, ele não precisa agradecer para o que ele recebe. O monge deve terminar a única refeição do dia antes das 11 horas da manha.
Na Tailândia os jovens passam uma parte dos feriados escolares para se iniciar a vida monástica. Todo ano, milhares de jovens experimentam a vida comunitária, ficando dentre um dos 20 000 mosteiros da Tailândia, aonde permaneçam 150 000 monges de longo prazo(7).

Conclusão
A abertura recente para as outras culturas ainda não mudou os hábitos dos países, a religião mesmo se perdeu sua influência social, marcou profundamente a população que fica apegada a muitas tradições de natureza religiosa, mais não vivência com uma expressão de crença.
As religiões que louvaram o mesmo Deus, pregando o ideal de amor entre os homens, riscam de perder a credibilidade se eles não conseguem a estabelecer um diálogo(8), uma forma de cooperar e tomar responsabilidade para resolver os problemas de violência dentre um Conselho das Religiões Unidas que complementara as Nações Unidas que atuam só no lado político.


NOTAS:

[1] MALHERBE, M. - Les religions - p. 16

[2] Op. Cit. p. 10

[3] Op. Cit. p. 11

[4] Op. Cit. p. 29

[5] Op. Cit. p. 51

[6] Op. Cit. p. 85

[7] Op. Cit. p. 113

[8] Op. Cit. p. 150


BIBLIOGRAFIA

MALHERBE, Michel - "Les religions" - Collection Repères pratiques - Paris - Editions Nathan - 2002.

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Administração Eclesiástica, do Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Luís Dias.


FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ - 2003


PROJETO DE IGREJA

Visão(1)

Construir uma comunidade dedicada a promover a cooperação permanente entre todas as denominações cristãs, praticando, ensinando e vivenciando o amor verdadeiro de Deus através de famílias verdadeiras para cumprir o desejo de Jesus: "a fim que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste." (Jo. 17, 21).
Desenvolveremos o trabalho usando quatro tipos de estratégias(2):

-Adoração. Criar o ambiente no culto dominical para que os participantes experimentem a presencia de Deus, nosso Pai Celestial de toda a humanidade.

-Educação. Baseada nos ensinamentos da Bíblia, sem enfatizar a doutrina, incluindo todos os recursos da história judeu-cristã que contribuíram o progresso da providência de Deus.

-Pequenos grupos. Para promover as reuniões de estudo em casa e a prática de uma tradição religiosa em família e convidar os vizinhos.

-Ministério pessoal. Motivar cada indivíduo a desenvolver habilidade e talentos para servir a comunidade.
Missão

Fortalecer o maior número de famílias praticando o amor verdadeiro de Jesus, promovendo a fidelidade, os valores morais, o altruísmo e a pureza para os jovens como fundamento de paz e harmonia para a sociedade.

Ministérios

Pastoral. A liderança da Igreja será baseada no sistema da família, como uma árvore que faz parte do sistema da natureza. A igreja é composta de pequenos grupos que funcionam como uma família. Os líderes servem na posição de pais e avós. Todos os líderes serão pais ou casais modelos cuidando das ovelhas som seus próprios filhos. Todas as famílias líderes fazem parte de dois pequenos grupos, o primeiro é aquele que eles estão liderando e o segundo é aquele que está liderada para uma família do nível superior como uma família de três gerações(3). Os pais fundadores são os Verdadeiros Pais espirituais, Jesus na posição de Pai e o Espírito Santo na posição de Mãe.

Diretoria Estatutária. A igreja será administrada juridicamente por uma diretoria composta de um Presidente, Vice-Presidente, Secretário e Tesoureiro.

Departamento das Famílias. Cuidando dos casais, preparação o casamento, aconselhamento, apoio aos pais para educar os filhos. A igreja organizará cerimônias de renovação dos votos do casamento convidando sempre casais de outras denominações e pastores representantes de cada denominação cristã oferecendo uma oração de bênção para a assembléia dos casais(4).

Grupo das mulheres. Apoiando as mulheres a cumprir o papel de mãe para a tarefa da reconciliação e pacificação. Promovendo os valores morais dentro a comunidade(5).

Juventude. Os jovens participarão de uma educação permanente centralizada em valores morais, os adolescentes terão um ambiente sadio para manter a pureza sexual até o casamento. A igreja organizará atividades sociais e esportivas inter-denominacionais para promover o intercâmbio entre os jovens para quebrar as paredes denominacionais (6). Os pais motivarão seus filhos a escolher um(a) noivo(a) de uma outra denominação cristã(7).

Departamento da Educação. Edificará todos os membros através de treinamentos para ser qualificada a palestrar e testemunhar os ensinamentos, publicará as apostilas, transparências, livros, folhetos, revistas. Um grupo será responsável de pesquisar as melhores organizações religiosas do mundo para desenvolver a melhor organização para servir a providência de Deus.

Missões. Todos os jovens serão convidados a servir dois anos como missionários no exterior servindo no mínimo três denominações diferentes, ou se não puderem no exterior ficarão em outro estado ou cidade. Os jovens terão oportunidade de servir como voluntários ao lado de outros jovens de outras denominações e religiões para projetos sociais ou humanitários, durante as férias(8).

Música. A igreja terá vários coros do infantil à terceira idade, uma escola de música e orquestra para servir a congregação durante os cultos de adoração para preparar e elevar o ambiente espiritual. Os coros visitarão e cantarão para outras denominações, serão organizados encontros para juntar um coro composto de membros de várias denominações cristãs.

Terceira Idade. As pessoas idosas terão oportunidade de servir compartilhando a sabedoria e experiência muito preciosa acumulada ao longo da vida para os mais jovens. Elas serão preparadas para deixar o mundo terreno com muita satisfação e ser elevada no mundo espiritual com muita alegria iniciando a última jornada eterna.

Departamento de Comunicação. Responsável de publicar todas as informações de forma imprimida e no site da internet sobre o funcionamento e a programação das atividades, boletins dominicais, relatórios mensais e planejamentos anuais.

Departamento Financeiro. Composta de uma equipe se responsabilizando de arrecadar fundos para manter e desenvolver as atividades da igreja, recolher os donativos.

Administração dos Bens. Uma equipe organiza a manutenção, a limpeza e a segurança do prédio e das salas. Cuida do bom funcionamento de todos os equipamentos.

NOTAS:

[1]Inspirada da Carta da "Iniciativa das Religiões Unidas" construindo a Cooperação Inter-religiosa Global e do Propósito da Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial (AFUPM).

[2] HENDRICKS, T. "Family, Church, Community, Kingdom" - p. 44

[3] Op. Cit. p.111

[4] Baseada no modelo das cerimônias de Bênção do Sagrado Matrimônio realizadas pela A.F.U.P.M.

[5] Baseada no Propósito da Associação das Mulheres para a Paz Mundial.

[6] Baseada no Propósito da Associação dos Jovens para a Paz Mundial.

[7] MOON, S. M. - Discurso "Breaking down Boundaries and World Peace"

[8] Baseada na visão do "Religious Youth Service".



REFERÊNCIAS

Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial - Movimento
fundada pelo Rev. Sun Myung Moon em 1996. - www.familias.org.br

Associação das Mulheres para a Paz Mundial - Movimento fundada pela
Sra Hak Já Han Moon em 1992

Associação dos Jovens para Paz Mundial - Movimento fundada pelo Rev.
Sun Myung Moon em 1994.

Iniciativa das Religiões Unidas - www.uri.org

HENDRICKS, Tyler - "Family, Church, Community, Kingdom" - New- York
HSA-UWC, 2000

MOON, Sun Myung, - "Quebrando Fronteiras e a Paz Mundial" discurso nas
Nações Unidas, Nova Iorque, 18 de agosto de 2000.

Serviço da Juventude Religiosa - Fundada pelo Rev. Sun Myung Moon em
1985

Thursday, December 18, 2008

PSICOLOGIA

TRABALHO DE PSICOLOGIA

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Psicologia, do curso de Bacharel em Teologia, sob a orientação da Prof. Viana

FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
(SEMINÁRIO UNIDO)
Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro - 2002

1)O que é percepção?

Apesar de que o homem Adão foi criado o último no mundo físico, ele foi criado primeiro no mundo da idéia (Logos), como o padrão de toda a criação. O homem é o microcosmo (encapsulação) de todo o universo. Conseqüentemente, todos os elementos do universo existam dentro do homem como "protótipo"(1).
Todos os seres criados existem como os objetos do homem para o homem e devem ser reconhecidos pelo homem. O que significa que todas as coisas foram criadas com a expectativa da aparência do homem na terra(2).
Por essa razão somos capazes de reconhecer e perceber o conteúdo e a forma dos objetos só porque já temos uma forma e um conteúdo correspondente dentro de nossa consciência. Por exemplo, para reconhecer uma flor no mundo físico, nós precisamos uma imagem precedente de uma flor dentro de nossa mente, sem o conteúdo e a forma dentro nossa consciência (protótipo), seriamos totalmente incapazes de perceber qualquer coisa(3).
A percepção é o estágio de formação da cognição onde as qualidades de um objeto estão recebidas no cérebro através das sensações e produzam uma imagem na mente. A mente procura um protótipo correspondente. O estágio de crescimento é o estagio de cognição através da colação entre a imagem externa e o protótipo. O pensamento esta aplicado e a informação é conhecida, no estágio de perfeição nós podemos pensar sem ver o objeto(4).

2)A memória de curto prazo e a memória flash

A memória é a capacidade de recuperar informações, a parte do cérebro responsável pela memória é a área associação do temporal anterior. Segundo a Epistemologia da Unificação, o homem é um microcosmo, (encapsulação) do universo, conseqüentemente, todos os elementos do universo existem no homem como "protótipo", somos capazes de reconhecer objetos só porque nós já temos uma forma correspondente em nossa mente, é chamado de "protoconsciência". Quando uma criança vê uma flor pela primeira vez, ele não sabe qual é o tipo, depois que alguém ensine o nome dela é uma rosa por exemplo, então a imagem da rosa será gravada na sua memória. Quando ele encontrará de novo uma rosa, ele reconhecerá imediatamente porque a imagem já esta na memória, podemos esquecer a imagem, mas ela não vai desaparecer(5).
A memória flash é provavelmente informações recebidas através dos sentidos espirituais, nossa mente pode ser submetida aos antepassados ou outros seres espirituais e os anjos que querem passar uma mensagem ou uma informação para nós.

3)Tipos de inteligência

Segundo os estudos de Howard Gardner há múltiplas inteligências, seguem as definições adaptadas por J. Keith Rogers(6):

1) A Inteligência "Corpóreo-Kinesthetica"
É a inteligência do controle dos movimentos do corpo e a capacidade de manipular objetos com habilidade. Por exemplo: atores, dançarinos, nadadores, acrobatas... etc., desenvolvem esse tipo de inteligência.

2) A Inteligência "interpessoal"
É a capacidade de remarcar e fazer distinções entre outros individuais, especialmente entre os humores, temperamentos, motivações, intenções e desejos, mesmo escondidos e agir baseada neste conhecimento. Por exemplo: políticos e líderes religiosos podem desenvolver esse tipo de inteligência.

3)A Inteligência "Intra-Pessoal"
É a capacidade de formar um modelo detalhado de se mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida. É a capacidade de distinguir os sensações de prazer da dor emocional, e nesta base de se tornar envolvido ou afastado da situação.

4)A Inteligência "Logical-Matematical"
É a capacidade lógica, matemática e científica. A abstração é fundamental, raciocínio é complexo e resolver os problemas é natural. Ordem e seqüência são significativas. Há um desejo de saber a causa e a explicação da existência.

5)A Inteligência "Musical"
É a capacidade de usar elementos musicais: alto, ritmo, timbre e compreender as características de um tom ou a qualidade do som. Há varias dificuldades e papéis com a composição, a performance e a audição.

6)A Inteligência "Naturalista"
É a capacidade de entender, relacionar-se, categorizar, classificar e explicar as coisas encontradas no mundo natural.

7)A Inteligência "Lingüística"
É a capacidade de usar com clareza as operações da linguagem, a sensibilidade da significação das palavras, seguir as regras das gramáticas. A sensibilidade dos sons, ritmos, inflexão das palavras. Compor poesias bonitas para ouvir. Utilização das palavras para excitar, convencer, estimular, transmitir informações e agradar.

8)A Inteligência "Espacial"
É a capacidade de perceber o mundo exatamente e de recriar sua experiência visual. Reconhecer as transformações dos elementos em outros, usar imagens mentais e produzir gráficos com informações espaciais, sentido de direção, movimento. Por exemplo: marinheiros, engenheiros, cirurgiões, escultores, etc... desenvolvem esse tipo de inteligência.

4)As Categorias de motivação

Segundo A. H. Maslow(7), há cinco necessidades básicas:

1)As necessidades fisiológicas
O corpo automaticamente controla através do instinto o conteúdo de todos os elementos necessários para manter a vida, se falta de qualquer elemento, a sensação de sede, fome e fatiga vai aparecer. Quando as necessidades fisiológicas básicas são cumpridas, a segunda categoria de desejos aparece.

2)As necessidades de segurança
Podemos observar a partir das crianças, que reagem sem esconder quando não têm segurança, eles tornam se doentes. Eles crescem melhor como uma vida regular de rotina bem programada. O papel protetor da família é fundamental e essencial, que fornece segurança, ordem, organização e paz ou seja uma vida sem perigo. Os adultos em geral procuram, emprego seguro, uma poupança, um plano de saúde, aposentadoria, buscando a segurança dentro da sociedade.

3)As necessidades do amor
Quando as duas primeiras necessidades estão cumpridas, surge o desejo de amor, afeição e de ter parentes. O ser humano precisa de ter pai, mãe, cônjuge, irmãos, irmãs, filhos e amigos. O desejo de relações carinhosas é muito forte até esquecer os dois primeiros. Os distúrbios em amor e afeição são a primeira causa das doenças psicopatológicas.

4)As necessidades da estima
Todo mundo deseja estabilidade, firmeza e uma alta avaliação de si mesmo, auto-respeito, auto-estima, respeito dos outros, realização, confiança, independência, liberdade, reputação, reconhecimento e apreciação. A satisfação da auto-estima conduz a confiancia, força, capacidade, estar útil e necessária no mundo. Impedir essas necessidades produzem a perda de ânimo e de confiança e o sentimento de inferioridade.

5)As necessidades de auto-realização
Depois que todos os desejos acima estão realizados, logo vai surgir um outro desejo, o homem tem que fazer aquele o que ele foi destinado de fazer. Por exemplo um musico deve fazer música, um artista deve desenhar,...etc. A forma da realização vai depender de cada um, de acordo com os dons, a criatividade, com o desejo de ser o melhor atleta, o melhor artista ou uma mãe ideal, um pai ideal.

A busca da felicidade é o desejo universal de todos seres humanos. É a motivação principal da vida, então como alcançar a verdadeira felicidade e alegria? Quando nós cumprimos o propósito de nossa vida, que foi dado por nosso criador Deus, Nossos Pais Originais. O propósito original da criação dos seres humanos é de dar alegria a Deus. Como os homens e mulheres tornaram-se objetos de beleza para Deus? Eles devem se tornar à imagem de Deus através de suas personalidades e em relações com os outros e a natureza.
O alvo principal de todas as religiões e sistemas éticos são incluídos dentro das três bênçãos (Gn. 1, 28) representando o cumprimento humano e os desejos de todos os povos.

a)Ser um indivíduo de personalidade perfeita.
b)Criar uma família com amor verdadeiro.
c)Viver dentro de um mundo de paz em harmonia com a natureza(8).

6)Sobre Emoção

A maioria dos cientistas distinguem três emoções básicas: o prazer, o medo e a raiva. Nesta base aparece uma variedade de emoções e sensações humanas que são exprimidas. Dentro do cérebro, o Hipotálamo tem um papel importante sobre as emoções, ligado na glândula pituitária produzindo uma hormona. Quando o centro das emoções está estimulando uma mudança acontece dentro de todo o corpo. Podemos nos tornar vermelhos ou pálidos, nosso corpo pode "saltar de alegria" ou "tremer de temor", nosso rosto expressa as diferentes emoções.
O mecanismo psico-fisiológico das emoções é intermediário entre nosso corpo físico e nosso corpo espiritual.

A emoção de prazer é muito mais forte que o medo, a raiva e outras chamadas de negativa. Então a força do amor é superior porque o ser humano não pode suprimir os desejos de alegria e de prazer. Mas na história humana as emoções negativas são mais divulgadas e representadas: medo, ódio, ressentimento, agressividade, vergonha, culpa, tristeza e sofrimento.
A alegria não é um produto que podemos pegar, é o resultado dum relacionamento de amor. Uma pessoa poderá desfrutar um relacionamento de amor puro que produz emoções mais fortes que o relacionamento sexual. A sexualidade física é incompatível com as emoções de medo. A alegria que traz o amor é o maior presente para o homem. Para alcançar esta felicidade existe um Princípio que é de se relacionar sexualmente só dentro do compromisso do casamento fiel, e educar os jovens a esperar na hora certa(9).

7)Os distúrbios psicológicos

Os seres humanos deveriam viver com alegria ao receber elementos de amor de Deus. Desde o momento de nosso nascimento somos afligidos com uma doença chamada insegurança, resultando da "Queda" que é uma relação de sangue pecaminoso, e por isso, cada pessoa possui elementos dentro de si que permitem a Lúcifer e seus seguidores invadi-las. Os seres humanos adoeceram espiritualmente ou seja psicologicamente, e depois fisicamente. Cerca de 70 a 80% de todas as doenças são resultados de distúrbios psicológicos causados pela influência ou a invasão de maus espíritos.

Hoje em dia muitas pessoas sofrem de depressão, se deprimem quando estão em profunda agonia, suas vidas não têm alegria, outros têm doenças de desequilíbrio mental e demais doenças do sistema nervoso. Esses pacientes querem se isolar e odiar os demais, mas os pacientes de transtorno mental não podem expressar o que se passa em sua mente. Os distúrbios psicológicos do ponto de vista espiritual são causadas pelos seguidores de Lúcifer que abusam da mente e do corpo das pessoas. Eles se apegam aos seres humanos e os afundam em preocupações e ansiedades, isolando-os e prejudicando-os. Fazem com que enfraqueçam e tornem-se sem alento ao mencionar sua debilidade, levando-os a pensar: "Sou terrível, sou estúpido, etc..." Assim, eles paralisam as pessoas ao prendê-las em um complexo de inferioridade, causando-lhes falta de confiança. Desta forma, eles tornam as pessoas estressadas e miseráveis, e as leva a cometerem suicídio. A antropofobia é 100% um ato do mal que eles infundem nas pessoas. Eles fazem com que as pessoas adquirem a enfermidade de seu extremo egocentrismo, que os fazem desejar o primeiro lugar. Saudade, sentimento de autopiedade, de isolamento, de humilhação, de desespero, etc..., sintomas que ocorrem sem nenhuma razão são todos provocados pelos distúrbios psicológicos que Lúcifer e sua gente estão infundindo nas pessoas.
Para piorar, eles também envolvem completamente o cérebro humano, impedindo-o de funcionar. Eles mergulham tão fundo em nossos cérebros, que a função mental não pode ser usada corretamente. Eles levam as pessoas à insônia, fazendo-as pensar mais e mais profundamente em uma só coisa. Já que eles bloqueiam a função mental, o sono desaparece e as pessoas não podem dormir. Obviamente, as pessoas continuam a sofrer de ansiedade. Esta ansiedade é uma das características que Lúcifer adquiriu no momento de sua aventura amorosa com Eva, escapando dos olhos de Deus, e tais características têm sido herdadas pela humanidade. É um fato comum que a maioria das pessoas que sofrem de distúrbios psicológicos tornam-se escravas da ansiedade, do medo e do temor(10).


[1] LEE, S. H., Explaining Unification thought, - p. 145

[2] LEE, S. H., Op. Cit., p. 143

[3] Ibidem, p. 146

[4] Idem, p. 155

[5] Idem, p. 153

[6] ROGERS, K., Introduction to the Multiple Intelligence Theory.- www.harding.edu/~cbr/midemo/mifirst.ftm

[7] GREEN, C., A Theory in the Human Motivation.- http://psychclassics.yorku.ca/index.htm

[8] CROMWELL, T., Essentials of the Unification Principle.- p 30

[9] KOZWOSKI, M., My World and I - p. 90

[10] LEE, S. H., Lúcifer um criminoso contra a humanidade.- p 56



REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CROMWELL, Thomas. Essentials of the Unification principle.- New-York: Interreligious Leadership Seminar, 1993

KOZWOSKI, Myra. My World and I.- Moscow: International
Educational Foundation, 1994

LEE, Sang Hun. Explaining Unification Thought.- New-York:
Unification Thought Institute, 1981


LEE, Sang Hun. Lúcifer um criminoso contra a humanidade.- São-Paulo: Editora Il Rung, 2001


SITES INTERNET

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http://psychclassics.yorku.ca/index.htm

ROGERS, K., Introduction to the Multiple Intelligence
Theory.www.harding.edu/~cbr/midemo/mifirst.ftm

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Trabalho de SOCIOLOGIA - 12/07/2002

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A revolução industrial no XIX° século inicio grande mudanças na sociedade, na economia e na vida diária de cada pessoas.
A revolução industrial mudou a maneira de produzir a mercadoria. Em vez de ser produzida individualmente pelos artesãos numa oficina, localizada na cidade ou no campo, os produtos foram produzidos em grande quantidade pelas maquinas dentre as fábricas. Contrariamente aos séculos passados aonde a economia evoluiu lentamente, as mudanças aconteceram muito rapidamente.
A revolução industrial começou na Inglaterra no século XVIII, e depois se espalhou para toda a Europa no século XIX.

As boas condições

O desenvolvimento do comércio gerou lucros que podiam ser investidos. O transporte, a agricultura se desenvolveram, a comida aumentou e também a população. Dois elementos importante foram reunidos: o capital (dinheiro) e a mão-de-obra.

A energia e as maquinas

O ultimo elemento apareceu para realizar a revolução industrial: as invenções que permitiram de construir novas maquinas que trabalhavam mais rapidamente que o homem. O carvão forneceu a energia necessária para as maquinas. A partir de 1769, a invenção da maquina a vapor, por James Watt, foi um grande progresso para a indústria. A produção de ferro e de aço para a indústria pesada começou. O Italiano Volta inventou a pilha elétrica em 1800. No final do século XVIII o francês Chappe fabricou o primeiro telegrafe.

Agora que as maquinas foram usadas, as invenções se multiplicaram, uma depois da outra, James Hargreaves inventou a maquina para fiar o algodão, Edmund Cartwright inventou a maquina para tecer.

As novas maneiras de produzir necessitou a presença de todos os operários no mesmo lugar, a fábrica.

A sociedade industrial

As cidades cresceram, novas foram construídas rapidamente sem plano, nas regiões industriais. As condições de trabalho eram muito difíceis, doze horas por dia, baixou salários, sem férias nem seguro.

Carros e canais

No inicio do século XIX, foram construídas melhores estradas e carros, uma viagem que necessitou sete dias em 1730, demorou só dezessete horas de carro postal em 1830. A mercadoria pesada viajou nos rios de lancho.

As estradas de ferro

A aparecimento das estrada de ferro provocou uma grande mudança nos transportes. Richard trevithick inventou a locomotiva a vapor em 1803. Marc Segain melhorou as caldeiras, depois outros progressos, a estrada de ferro foi realizada mais ou menos em 1830(1).

O significado da Revolução Industrial

O ideal da criação de Deus não será realizado pela simples formação de uma sociedade humana sem pecado. O homem, a fim de realizar a bênção de dominar toda a criação (Gn 1: 28), deve construir um ambiente social abençoado pela descoberta dos princípios escondidos no mundo criado e pelo máximo desenvolvimento da ciência.
Por conseguinte, na consumação da história, deve aparecer a Palavra que pode eliminar completamente nossa ignorância espiritual, enquanto a ciência deve estar tão desenvolvida que possa eliminar completamente a ignorância humana da realidade física, realizando assim uma sociedade científica ideal. Do ponto de vista desta providência de Deus, podemos compreender que a Revolução Industrial da Inglaterra veio da providência de restaurar o ambiente vital para a sociedade ideal.

Nota:
(1)GRANT, Neil - Voyage à travers l'histoire - Librairie Gründ - Paris - 1991

Wednesday, December 17, 2008

A REVOLUÇÃO FRANCESA

TRABALHO DE SOCIOLOGIA 03/08/02


A REVOLUÇÃO FRANCESA

1)Origem da Revolução Francesa

A França nessa época se encontrava em um período que via a expansão do pensamento do Iluminismo, sendo conduzido para o ateísmo e o materialismo pela visão da vida de tipo Caim (1). Os cidadãos, influenciados pelo pensamento do Iluminismo, despertaram para a contradição do absolutismo, e naturalmente seu desejo de acabar com o restante do velho sistema, ainda profundamente arraigado na sociedade sob o absolutismo, atingiu sua culminância.

Assim, em 1789, de acordo coma a alta maré do pensamento do Iluminismo, os cidadãos derrubaram a classe dominante feudal da sociedade monárquica absoluta e, ao mesmo tempo, levantaram-se para advogar a democracia para a liberdade, igualdade e libertação da terceira classe (os cidadãos). Esta foi a Revolução Francesa. Como resultado desta revolução, foi votada a "Declaração dos Diretos do Homem", de 20 a 26 de agosto, imitada dos Americanos. Contudo, já que a democracia originada da Revolução Francesa surgiu quando o pensamento do Iluminismo, que evoluiu para a ideologia do materialismo, rompeu a sociedade do absolutismo a fim de estabelecer a visão da vida de tipo Caim, chamamos a isto a democracia de tipo Caim. Denis Diderot (1713-1784) e D'Alembert (1717-1783), os pensadores da Revolução Francesa, foram eruditos da linha do ateísmo e do materialismo.

A democracia da França se inclinava mais para o totalitarismo do que para a igualdade e liberdade do indivíduo. Depois de sistematizados no marxismo da Alemanha e no leninismo da Rússia, a visão da vida de tipo Caim finalmente formou o mundo comunista.(2)

2) O gênio anti-cristão da Revolução Francesa

Sob a influência dos autores marxistas como Albert Mattiez e Albert Soboul que monopolisaram a historiografia da Revolução Francesa, existe uma tendência a interpretar do ponto de vista sócio-economico esse evento charneiro de nossa história. Ou seja, uma classe burguesa que queria derrubar a classe aristocrática e provocando a revolução.

Essas análises ignoram que dentre a Revolução francesa estava um "virus de uma espece nova e desconhecida " cujo Tocqueville falou, ela é diferente dos movimentos sociais dos séculos passados. Muito mais que da maneira das revoluções políticas ou sociais, a Revolução Francesa operou da maneira das revoluções religiosas. Mais do que a reforma da sociedade francesa, é a regeneração do gênero humano que ela pretendia fazer, em nome do universalismo. E a realização deste projeto incluía de qualquer jeito a eliminação do universalismo concorrente. Conseqüentemente, o fanatismo e a violência sem precedência deste movimento revolucionário.
Tocqueville fala de "gênio anti-cristão" da Revolução Francesa. Uma das primeiras ações "foi de atacar a Igreja, e dentre as paixões que nasceram desta revolução, a primeira ascendida e a última apagada foi a paixão irreligiosa".

Para Jean Dumont, no seu livro Os prodígios do sacrilégio, a revolução Francesa foi "primeiro um empreendimento sitemático contra a liberdade religiosa da grande maioria dos Franceses". No inicio de 1790, Edmund Burke demonstrava muito bem como a confiscação dos bens da Igreja no início da Revolução não é para uma necessidade econômica, mas para a vontade de tirar da Igreja. Depois o clero foi obrigado à prestar juramento sob a constituição, em contradição contra Roma e forneceu o maior número de vítimas morrendo na guilhotina.

Segundo as pesquisas de Donald Fraser no seu livro The Incidence of terror during the French Revolution, a nobreza tinha só 8,5% das 40.000 vítimas do Grande Terror e 31% para o clero e 69% para o povo, a grande maioria das famílias nobres não foram afetadas por uma Revolução cujo muito delas foram os principais causadores e promotores.(3)

3) Revolução e terror

No dia 14 de julho um grupo de saqueadores reforçados de soldados motins atacaram a Bastille uma velha fortaleza do rei usada como uma prisão, este dia é lembrado com o dia da festa nacional da França.
Os irmãos do rei, os nobres, os padres, os artistas temendo pelas suas vidas, fugiram da França (cerca de 200 000). Os bens deles e da Igreja foram tomados e "nacionalizados" e vendidos por um bom preço para os burgueses e os lavradores ricos (4).

No dia 10 de agosto de 1792, os revolucionários mataram o chefe da guarda nacional, tomaram e saquearam o palácio das Tuileries, massacraram brutalmente as pessoas encontradas, também os servos e cozinheiros. Eles invadiram a Prefeitura (l'Hotel de Ville) e estabeleceram um novo município: la Commune. O rei foi depositado e preso dentro de uma velha torre. Os detidos suspeitos: padres, nobres, soldados, ricos que estavam nas prisões foram massacrados durante cinco dias, cerca de 1500 assassinados em Paris.

Finalmente, os deputados votaram 361 contra 360 a morte imediata do rei incluindo o primo dele o duc d'Orleans Philippe Egalité. No dia 21 de janeiro de 1793, com muita coragem e piedade, Louis XVI foi guilhotinado às 11 horas da manha.
Os revolucionários queriam fazer uma nova sociedade, criar um novo tipo de homem e erradicar o "passado", ou seja a família, a Igreja, a propriedade, as corporações. Todos que opuseram-se precisaram ser exterminados sem piedade(5).

Notas:
(1)A Renascença deu origem a uma visão da vida que impedia o homem de ir ao encontro de Deus de acordo com sua tendência interna, e abria o caminho do lado satânico, seguindo apenas a orientação externa. Esta era a visão da vida de tipo Caim. Esta visão ao chegar ao século XVIII, rompeu a história e a tradição, passou a julgar todo esforço humano pela razão e pelo realismo, repeliu completamente aquilo que era irrazoável e irrealista, e negou a Deus. Este era o pensamento do Iluminismo. (MOON S.M.- Princípio Divino - p. 337)

[2] P.D. p.342

[3] CAUSA - La Vocation Spirituelle de la France - p. 59

[4] SERVIEN, H. - Histoire de France - p.97

[5] idem p.100

PSICOLOGIA DA RELIGIÃO

PSICOLOGIA DA RELIGIÃO

Trabalho apresentado segundo as exigências
da disciplina de Psicologia da Religião, do
curso de Bacharel em Teologia, sob
a orientação do Prof. Luís Dias.

FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ - 2002


A Importância da Experiência Religiosa e como ela se dá.

Os pesquisadores da História das religiões percebem um estado de consciência "espiritual" que foi vivido e ensinado por todos os fundadores das grandes religiões: Moisés, Buda, Jesus, Maomé ....Tocamos aqui a essência da religião, sobre as quais elas foram fundadas: a experiência espiritual.
Esta experiência, a única certeza que pode ter o ser humano, lhe permite de concluir que eu só posso ter certeza de duas coisas: minha existência e a existência de Deus. Experiência que a linguagem não pode descrever pois o sujeito fundiu com o objeto. Todas as grandes religiões da história têm no início, uma experiência espiritual de alta qualidade.
A terminologia é às vezes idêntica: o estado divino descrito por Moisés como "Eu sou quem eu sou" (Ex. 3, 12); a fórmula brahmanica hamsa so' ham "eu sou isso, isso eu sou"... A idéia é a mesma quando Jesus anuncia "o Pai é em mim como eu sou no Pai" (Jo 1, 38) ou "o reino dos céus está em vocês" (Lc 17, 21); ou ainda quando Al Allahj anuncia ana'l Haqq, "eu sou Deus" .

O Chamado de Deus

De acordo com o Professor Carl Keller a religião é o chamado de Deus para os seres humanos:
"A religião é a resposta dos humanos ao chamado do Ser infinito, do Princípio supremo, da Realidade Ultima quem faz-se conhecer, manifestar-se, revelar-se aos humanos."

A experiência religiosa de qualidade acontece quando os seres humanos restauram a capacidade de ouvir, sentir e conhecer nosso Pai Celestial ou o Espírito Santo, existem vários tipos de experiências religiosas produzindo resultados diferentes de acordo com o nível espiritual da pessoa.

"Por que a mente original do homem se dirige irresistivelmente para o bem? O motivo é que Deus, o sujeito do bem, criou o homem como seu objeto substancial para realizar a finalidade do bem. Por isto, o homem veio a encontrar o sujeito do bem no mundo transcendente de tempo e espaço. O que nasceu desta inevitável procura foi a religião."


Originalmente o homem foi criado de tal maneira que pudesse conhecer a vontade de Deus e viver de acordo com ela para sempre, experimentando o coração e o zelo de Deus como dele mesmo. Por isto, I Cor. 3. 16 diz: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o espírito de Deus habita em vós?" Enquanto João 14. 20 diz: "Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós".
Podemos raciocinar que se Adão e Eva, com individualidade aperfeiçoada, incapazes de pecar, tivessem estabelecido um lar e sociedade sem pecado pela multiplicação de filhos do bem de acordo com a bênção de Deus (Gn 1. 28), isto seria o Reino do Céu .
Neste caso não precisaria nenhuma providência da salvação nem religião, a experiência religiosa seria algo natural como qualquer filho convive e conhece seus próprios pais desde o nascimento e para sempre na eternidade, naturalmente todo a humanidade pertenceria na linhagem divina de Deus.

A Realidade do Mundo Invisível

William James pesquisou "A Variedade das Experiências Religiosas", o resultado de seus estudos é uma referência que comprova a importância e o processo das Experiências Religiosas.
A crença em um objeto invisível que está em nosso pensamento ou consciência influencia nossa atitude e comportamento pelo bem, os objetos de nossa consciência são coisas que nós acreditamos que existem. Os objetos são conhecidos só como as idéias, muito poucos crentes tiveram uma visão real do Salvador. Segundo ele, a religião é cheia de muitos objetos abstratos que têm poder de influência como os atributos de Deus: sua santidade, sua justiça, sua onisciência, os mistérios da redenção, os sacramentos...etc.
A coleção de biografias de experiências religiosas revelam que todas as pessoas religiosas tiveram uma visão ou uma percepção direta da verdade, ou da existência do Deus vivo ou seja o sentimento da presença Dele .
Uma pessoa preparada, terá uma experiência religiosa de boa qualidade, ela sentirá o amor infinito do Pai Celeste, a presença substancial do Deus vivo, é semelhante ao amor entre os pais e os filhos. Muitos sentem a comunhão ate mesmo a comunicação com Deus, isso deveria ser uma experiência comum se a queda não tivesse acontecido.

O que é Ser Ciente? ("Awareness")

Arthur J. Deikman disse que a experiência é dualística, não é o dualismo da mente e matéria, mas o dualismo de ser ciente (da "awareness") e o conteúdo da "awareness". A experiência consiste de um observador e daquele que é observado. Nossas sensações, imagens e pensamentos - nossa atividade mental - é parte daquele que é observado. O observador - Eu - vem antes, sem ele não acontece experiência de existência.
A psicologia ocidental não reconhece a identidade de "Eu" e "awareness", mas o fenômeno de "awareness" é confundido com o conteúdo. As filosofias orientais baseadas em meditações introspectivas enfatizam a distinção entre "awareness" e conteúdo. A filosofia Hindu Samkya diferencia o "self" de outras coisas, ou seja pensamentos, sensações, emoções e sonhos. "Awareness existe independentemente do conteúdo e esta "consciência pura" é acessível a todos.
Se "awareness" é independente do lugar e da realidade material também o "Eu" é desta forma .

A Cognição Espiritual

O Princípio da Unificação disse que o corpo espiritual, recebe "elementos de vitalidade" do corpo físico e, dá "elementos espirituais vivos" para o corpo físico. O corpo espiritual tem cinco "sentidos espirituais" que se desenvolvem baseadas no corpo físico, da mesma maneira que os impulsos elétricos circulam no interior dos nervos, há também fibras de nervos pertencendo ao corpo espiritual trabalhando e transmitindo os impulsos elétricos do corpo físico ao corpo espiritual e vice versa.
As vezes, pessoas espirituais outras que nosso próprio corpo espiritual podem ajudar nosso processo de cognição. A influência espiritual pode ser exercida nos três estágios de cognição: percepção (a sensação que produz a imagem na mente), cognição (a informação é conhecida e produz compreensão) e raciocínio (pensar livremente sem ver o objeto).
O Pensamento da Unificação diz que podemos experimentar o Coração de Deus e conhecê-Lo, por que temos sentidos espirituais .

O Ponto de Vista Acadêmico

Michel Meslin falando sobre as Religiões como uma consciência de pertencer a uma linhagem de crentes, herdeiros de uma tradição, que é a parte coletiva, mas ele fala também da importância da experiência religiosa individual. Que é um modo de relação entre o ser humano e, o que ele considera como, o absoluto. Então aparece a necessidade de analisar e compreender que esta relação produz no interior do homem seu conteúdo existencial. Como disse William James: "A religião de um homem, é sua própria atitude para o que ele considera como a verdade e o absoluto" .
Hoje em dia, nós observamos uma diminuição da pratica religiosa tradicional devido a uma crise das instituições, uma rejeição das regras éticas, mas por outro lado, há um desenvolvimento de muitos grupos religiosos em reação a um tipo de racionalismo. Acontece uma mudança do sagrado, antigamente determinado pelas instituições. Hoje, as pessoas não querem um só modelo de vida, a prioridade da experiência religiosa é mais procurada. Como por exemplo, o título do livro de Andre Frossard é significativo: Deus existe, eu O encontrei. Há como uma "intimização" do sagrado, que conhece novos lugares como a sexualidade, a genética, a bioética, o respeito do corpo, a não-violência, a proteção do meio ambiente... Isso não tem nada a ver com o ritualismo do passado.
Outro exemplo, um grupo de monges cristãos da ordem de São Bento concordam a dizer que a pratica da meditação zen é melhor que de assistir passivamente a santa missa .

Conclusão
As religiões são o resultado do trabalho da Providência de Deus, que é também o processo da Salvação da humanidade que desviou do Plano Original de Deus no momento da Queda de Adão e Eva. A experiência religiosa do fundador é sempre o fundamento do desenvolvimento de um movimento religioso que dura. No caso do Cristianismo, é muito importante para todos os cristãos de entender e seguir o modelo de Jesus Cristo e de construir uma experiência religiosa pessoal e de se tornar um com o Cristo, praticando seus ensinamentos e ser um modelo para os outros. Cada cristãos deveria ter uma experiência religiosa de renascimento, experimentar uma mudança profunda de vida, sob a influência do Espírito Santo, se comprometer de deixar aos maus hábitos decaídos, e praticar uma vida santa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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www.imprint.co.uk/jcs.html

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MESLIN, Michel. Dieu dans tous états - Telerama Hors Série - Paris -
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MOON, Sun Myung. Princípios Divinos - AESUCM - São Paulo - 1997

Monday, December 15, 2008

O AMBIENTE DAS PRINCIPAIS CIDADES NO INÍCIO DA ERA CRISTÃ

SÍNTESE BÍBLICA NOVO TESTAMENTO
O LIVRO DE ATOS

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de S.B.N.T.(II), do curso de Bacharel em teologia, sob a orientação do Prof. Clintton de Mendonça.


FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA (SEMINÁRIO UNIDO) Oswaldo cruz- RJ- 2002

O AMBIENTE DAS PRINCIPAIS CIDADES NO INÍCIO DA ERA CRISTÃ: ATENAS, CORINTO, EFESO, CESARÉIA, TARSO E ROMA.

A Grécia antiga
A partir do 1° século, Roma renúncia a hostilidade contra a Grécia que era organizada com uma província romana desde 27 a.C. Algumas cidades permaneceram livres, representantes gregos participam do senado romano. Corinto e Patras são reconstruídas, as cidades religiosas: Atenas, Olímpia e Delfia tem novos edifícios públicos graças ao Imperador Hadrien (117-138 d.C.). O projeto de construção do canal de Corinto abandonado na época de César é reiniciado. Hadrien apoiou as festas religiosas, Antonin e Marco Aurele estabelecerem as cadeiras de retórica e filosofia em Atenas. Mas a Grécia não conseguiu se levantar, o país vai declinar e os bárbaros vão ocupar Atena em 267 d.C. .

Atenas
A cidade é muito bem localizada, numa península, no mar Egeu para ser a base do Império marítimo no século 5ª a.C., mas as boas terras são poucas e secas causando dificuldades para produzir produtos agrícolas. As riquezas de Atenas são as minas de chumbo e prata em Láurion e o mármore de Pentelique .

A cidade continuava a manter sua fama de "a capital intelectual artística do mundo" apesar que os romanos fizeram da Grécia um território romano em 146 a.C. Eles concederam Atena o direito de cidade livre e federada. A autoridade não estava nas mãos dos povos como acontecia com Tessalônica e Efeso, mas nas mãos dum concílio denominado Aréopago ( At. 17: 19). A praça do mercado (vers.17) era o centro de negócios, de atividades cívicas, de propagandas e de troca informal de idéias . Paulo revolta-se ao ver a cidade cheia de ídolos (vers.16). Ele argumentava na sinagoga com os judeus e procurava os pagãos na praça. Ele encontrou alguns filósofos epicureus e estóicos (vers.18).

O estoicismo
O fundador da escola estóica é Zenão, de Citium, na ilha de Chipre (334-262 a.C.). Aos vinte e dois anos foi para Atenas, aí se dedicando à filosofia e pelo ano 300 funda a sua famosa escola, que se chamou estóica, do costume de ensinar num dos pórticos da cidade.
A filosofia é cultivada pelos estóicos unicamente em vista da moral, para dar ao homem a virtude e a felicidade. Os estóicos afirmam que todo nosso conhecimento deriva dos sentidos, e se limita ao âmbito da sensação, assim a metafísica estóica é materialista. Tudo se resolve na matéria e na força também Deus e a alma, tudo se termina com a morte.
O fim supremo do homem é a virtude, com meio para a felicidade, a paixão é substancialmente má. A verdadeira virtude é a indiferença e a renúncia a todos os bens do mundo. E uma moral de renúncia egoísta, não é feita por amor a Deus e aos homens, mas por amor de si mesmo, da própria tranqüilidade .

O epicurismo
Epicuro, fundador da escola que dele tomou o nome, nasceu em Atenas em 341 a.C., foi iniciado no sistema de Demócrito. Abriu a sua famosa escola em Atenas, nos jardins de sua quinta, que se tornou lugar de aristocráticas reuniões de amigos, discípulos e admiradores. Epicuro expôs a sua doutrina em grande número de escritos, cuja a maioria se perdeu. Morreu em 270 a.C..
O papel do conhecimento do mundo, da física, conforme Epicuro, é precisamente libertar o homem dos grandes temores que ameaçam a sua vida a respeito da morte, de Deus e fazer com que ele aja de conformidade com esse conhecimento. A alma humana, sendo formada de átomos, termina com a morta do corpo, e os deuses habitadores felizes dos intermundos isolados do mundo se desinteressam inteiramente dos homens. O critério único e fundamental da verdade é a sensação, que é imediata, intuitiva, evidente, o sentimento - prazer e dor- será o critério supremo de valor no campo prático, moral.
A moral epicurista é uma moral hedonista, em que o prazer sensível é o fim supremo da vida. A serenidade do sábio não é perturbada pelo medo da morte, visto todo bem e todo mal estarem na sensação, e a morte é ausência de sensibilidade e, por conseguinte, ausência de sofrimento .

Corinto
Em grego Kórinthos é o norte do Peloponeso no istmo separando o golfo de Corinto e Atenas. O canal de Corinto liga o mar jônico ao mar Egeu, mede 6 km de comprimento, 22 m de largura e 8 m de altura. Era uma das mais importantes cidades, no 8ª- 6ª a.C., o bronze e os vasos de cerâmica eram exportados na região. No século 5ª- 4ª a.C. a cidade declinou enquanto Atenas e Esparta cresceram. Os romanos destruíram a cidade em 146 a.C., em 44 a.C., e foi reconstruída por César e se tornou a capital da província Acaia. Era um centro comercial muito animado e controlava todo o istmo de Corinto.
Paulo levou o Evangelho e estabeleceu a igreja de Corinto em 50-52 durante a segunda viagem missionária , ele escreveu as epístolas aos Gálatas, aos Romanos e às duas epístolas aos Tessalonicenses . Ele fabricava tendas (At. 18: 3), e aos sábados discutia na sinagoga (vers.4).

Efeso
Ephesos em grego, é uma cidade em Ionia, na Asia Mineura, no mar Egeu na boca do Caystre. Se tornou a capital e um porto rico da província romana de Ásia em 133 a.C..
O templo de Artemis era considerado uma das sete maravilhas do mundo foi destruído no 4º século a.C., e reconstruído pelo ordem de Alexandre o Grande .
Paulo ficou três anos em Efeso, ele encontrou Apolo, um judeu de culto alexandrino que pregava o batismo de João Batista (At.19:3). A cidade era o centro principal de idolatria na Ásia, era uma fortaleza dos poderes das trevas , haviam exorcistas profissionais ambulantes, muitos praticavam artes mágicas e ciências ocultas (vers.18, 19). O culto de adoração da grande deusa Diana era muito praticado, conhecida como a Diana dos Efesios (vers. 28).
Durante a sua estada em Efeso, Paulo escreveu a primeira epístola aos Coríntios.

Cesareia
A cidade é situada na costa do mar Mediterrâneo, meio caminho de Haifa e de Tel- Aviv. O nome é do imperador Augustus César, o rei Herod fundou a cidade no lugar dum ponto grego de comércio. O historiador Josephus Flavius descreveu em detalhes esta cidade: o maior porto na costa leste do mar Mediterrâneo, cercado de um grande muro. O templo dedicado a César ficava na frente do porto, o palácio do rei Herod ficava no sul da cidade. Em 6 d.C., Cesareia se tornou a sede da Provincia Judaea, e da 10ª legião romana. Um anfiteatro para corrida de cavalos de 15000 lugares e um teatro para 1000 pessoas de forma meio circulo, e um aqueduto de 9 km abastecendo a água dentro da cidade foram construídos na era de Herod.
O oficial romano Cornelius foi balizado (At. 10:1-5) nesta cidade, Paulo foi prisioneiro por dois anos e embarcou em sua terceira viagem missionária em direção de Roma a partir deste porto .

Tarso
Em Grego Tarsos é uma cidade em Oriente Próximo, no sul do centro da Turquia, perto da costa do mar Mediterrâneo. Capital da Cilícia romana em 66 a.C. e a pátria natal de Paulo (At.21:39). Foi conquistada por Chahpuhr 1º, em 276 d.C. .
Nesta época a cidade, ao lado de uma lagoa, era ligada ao mar seguindo o rio Cydnus. A mercadoria em destinação da Judeia e do Egito era embarcada no porto onde se encontrava muitas culturas, religiões antigas como o Mitraísmo. Um dos produtos era o linho. Houve uma universidade e um groupo de filósofos e de retórica famoso, o professor Athenodorus que ensinou ao Imperador Augustus, estudou na universidade de Tarso. O imperador César visitou a cidade e o imperador Juliano foi enterrado nesta cidade.
Em 41a.C., Marco Antonio, oficial Romano de Efeso chegou em Tarso e mandou uma mensagem para convidar Cleopatra, a rainha do Egito, que aceitou; a chegada dela no porto sobre uma barca real foi o segundo mais importante evento da história da cidade de Tarso.
Paulo voltou para a sua cidade natal e refugiou-se depois de sua conversão em Damasco onde ele foi rejeitado .

Roma
Em 27a.C., a cidade de Roma entrou na era imperial com Octavian, filho adotivo de Cesar, ele foi proclamado Augustus, que significa sagrado. Ele vai reinar 40 anos, e estabelecer o fundamento do Império Romano que durou até 476. Ele mandou construir vários edifícios de inspiração grega, mas de tamanho maior, na capital, com o templo de Março de vingança, o novo Fórum, utilizando o mármore e um novo cimente mais forte.
O Fórum originalmente é um mercado, com muitas lojas, depois vai tornar-se um símbolo da república livre, e a sede da administração política para o povo até que o imperador proclamou-se um estatuto divino. Depois os templos aos deuses serão adicionados: Vesta, Saturna, Castor e Pollux.

Muitas Religiões são encontradas na cidade, a maioria delas originaram de outros lugares: Saturna e Minerva dos Etruscanos, os deuses dos Olimpos dos gregos receberam o mesmo estatuto que os cultos romanos: Zeus e Jupiter, Hera e Juno, Atena e Minerva, Afrodito e Venus, Poseidon e Neptuna, Artemis e Diana, Hermes e Mercuro. Isis e Mithras são da Persia, Vesta é um culto domestico, no centro da casa representando o fogo sagrado, ela mora no templo do Fórum onde é guardado o fogo sagrado, só o sacerdote Pontifex maximus pode entrar no atrium Vestae .

A adoração de Cibele, a grande mãe terra, deusa da fertilidade tinha ritos tais como o drama da morte e ressurreição do consorte de Cibele. O culto de Cibele conclamava seus adoradores ao sacrifício de um touro e o batismo de seus seguidores com o sangue desse touro. O culto de Atis, que parecia suprir as necessidades emocionais dos homens. O culto à Isis semelhante ao de Cibele.

O Mitraísmo, teve aceitação especial entre os soldados romanos. Tinha um festival em dezembro, un Maligno, um Salvador nascido miraculosamente - Mitra, um deus-salvador - além de capelas e cultos de adoração. Possuía, além de outras coisas, refeições sacrificais . Similaridades são encontradas entre as tradições do culto a Mitra e o cristianismo: Mitra e Jesus são salvadores, doutrinas do céu e inferno e o rito do pão e vinho.

Paulo formou suas "doutrinas paulistas" para tentar convencer um grande número de pessoas, praticando o Mitraísmo, a aceitar Jesus, usando a tradição de santificação pelo sangue e sacrifício dos bodes e touros e trocando pelo sangue de Cristo (Hb 9:13-14). Os judeus também praticaram diariamente a tradição de sacrifício no templo produzindo rio de sangue derramando o redor do altar .

Em Roma ao culto o Imperador era obrigatório, os cristãos não concordaram de participar e foram persecutados, condenados a morte, milhares de martírios seguiram o caminho da cruz até que o Imperador Constantino promulgue o édito de Milão em 313. Este édito garantia liberdade de culto não somente ao cristianismo mas a todas as religiões.

Sinédrio
A mais alta autoridade judaica na Palestina antes de 70 d.C..Esse tribunal, composto de 70 membros, tendo o sumo sacerdote por presidente, tinha controle total sobre os assuntos religiosos de Israel. Sua interpretação da lei mosaica era inapelável. Também gerava os assuntos civis e julgava certos processos de crime, em sujeição à autoridade dos romanos; não podia, no entanto, aplicar a pena de morte (Jo 18:31) .

Sinagoga
A sinagoga apareceu pela primeira vez no fim do período do Antigo Testamento, suas origens são certamente mais antigas; mas totalmente obscuras e não podem ser traçadas. Milhares de judeus, em razão da distância, eram negados o acesso ao culto do templo, tornou o desenvolvimento de tal instituição inevitável. No exílio, os judeus naturalmente se reuniam onde pudessem para orar e ouvir seus mestres e profetas (Ez 8:1; 14:1; 33:30). Podemos supor que tais assembléias continuaram, é inconcebível que os judeus da Diáspora pudessem ter permanecido judeus sem uma certa forma de adoração pública. Sinagogas organizadas surgiram gradualmente com adoração regular no Sábado, cuja parte principal era a leitura e a exposição da lei. Nos últimos séculos pré-cristãos, havia sinagogas em todas as cidades .




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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