Monday, August 24, 2009

Sobre a criação do Universo - Gn 1 - Bereshit - (parte 1)

CRIAÇÃO

Gênesis 1:1-25 – A primeira razão para Deus ter criado o universo é a realização do propósito do amor verdadeiro. Antes da criação, Deus era só, sem nenhum objeto com quem pudesse se relacionar, e a partir do momento que Ele iniciou a criação, Deus, sendo o sujeito invisível, passou a viver para Seu parceiro objeto visível.

A Bíblia define Deus somente como Espírito (Jo 4:24), apesar dEle ser o criador do Mundo Visível e Invisível. Segundo Paulo em Romano 1: 20, as características de Deus que manifestam sua existência e natureza divina são claramente vistas por meio das coisas que foram criadas. Assim podemos entender a natureza de Deus observando as coisas da criação. O universo visível e invisível é o efeito, e Deus é a Causa de todas as coisas criadas. É bom senso dizer que uma casa não pode se construir sozinha. Como George Davis, um cientista físico famoso, mencionou muito bem desta forma, “Nenhuma coisa material pode se criar a si mesma”(1). Continuando este raciocínio, Deus, além de ser Espírito, é a Causa do Mundo Espiritual, e Ele é também a Causa da Energia Primária Universal, energia responsável pela formação das partículas e a matéria. Ele investiu cem por cento de Seu ser na criação de cada uma das partículas de sua grande energia, e cada célula dEle mesmo foi derramada no ato de criar o universo.

A única coisa de que o Deus todo-poderoso precisa é o amor, e é devido a isso que Ele criou o ser humano para que estes se tornassem parceiros iguais a Ele no amor verdadeiro. A essência de Deus com relação à Criação foi a de máxima dedicação e seriedade.

A Bíblia descreve a criação do Céu e da Terra em termos simples, dizendo que Deus os criou através da Palavra e a partir do nada. Porém o processo não foi tão simples assim. Deus manteve o princípio de progressão, desenvolvendo coisas pequenas em coisas grandes, de acordo com uma ordem e seguindo leis infinitas ao longo de períodos de milhões de anos(2).

De acordo com a ciência moderna, o universo começou como uma expansão do plasma. Saindo do caos e vazio espaciais, os corpos celestes se formaram, gerando luz (o primeiro dia). À medida que a Terra fundida esfriou, erupções vulcânicas encheram o Céu com um firmamento de água (o segundo dia). A Terra seca elevou-se e a água precipitou-se como chuva, criando os continentes e os oceanos (o terceiro dia). Em seguida, vieram a existir as plantas e os animais mais simples (o quarto dia). Então, vieram peixes, pássaros, mamíferos (o quinto dia), e finalmente, a humanidade (o sexto dia), nessa ordem. Calcula-se que a idade da Terra seja de alguns bilhões de anos. Considerando que a descrição da criação do universo registrada na Bíblia milhares de anos atrás coincide com as descobertas da pesquisa científica moderna, nós somos levados a crer que este registro bíblico deve ser uma revelação de Deus(3).

O fato de terem sido necessários seis períodos para completar a criação do universo indica que certa quantidade de tempo era necessária para se completar a criação de qualquer entidade ou ser criado. A cada dia: “houve tarde e manha”. Esta é uma indicação de que todas as coisas alcançam a maturidade passando por um período de tempo de tarde até chegar ao amanhecer (simbolizado pela noite). Este intervalo de tempo relatado pela tarde, noite e manhã representa três estágios de crescimento: o estágio de formação, o estágio de crescimento e o estágio de aperfeiçoamento.

Os resultados das pesquisas científicas revelam a ordem, as leis, os princípios e as constantes cósmicas: órbitas definidas e precisas. Há uma sintonia perfeita entre as forças gravitacionais dos planetas que passeiam em órbita solar(4).

Todas as vezes que Deus criou uma nova espécie na criação, disse que aquilo “era bom”. A criação iniciou na alegria; dessa forma, os minerais, a beleza das plantas, os sabores dos frutos, o mundo animal, as aves, os peixes, as centenas de milhares de espécies, todas as coisas têm o propósito de servir a felicidade dos seres humanos.

[1]THOMPSON Bert. The Bible and the Laws of Science: The Law of Cause and Effect.
acessado em: 22 de ago. de 2009.
[2]MOON Sun Myung. Cheon Seong Gyeong Livro 1, O Deus Verdadeiro. AFUPM. Seul: 2008,
pág. 114
[3]MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: 2009, AFUPM, pág. 45
[4]GUIMARAES Marcelo. Investindo agora lucrando sempre. Belo Horizonte: AMES, 2006,
pág. 42

Thursday, August 6, 2009

Sobre o Livro de Gênesis, Bereshit (parte 1)

INTRODUÇÃO

Segundo dizem os rabinos, se uma pessoa conseguir entender os quatro primeiros capítulos do livro de Gênesis, Bereshit em hebraico, ela será capaz de desvendar os segredos do Universo(1). Gênesis contém a história da Criação do Universo e o início da história da humanidade que começou errada. Mas até hoje os teólogos e os estudiosos das religiões não têm uma interpretação do Criacionismo reconhecida pelo mundo científico, e todo ser humano continua perguntando:

Por que Deus criou o Universo? Qual é a origem do ser humano? Por que existe o mal se Deus é a fonte da bondade absoluta? Por que devemos morrer? Para onde vamos depois?

Se acreditarmos realmente que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, então teremos que restaurar ou voltar para o estado original antes da queda conforme está escrito no primeiro capítulo, quando tudo era muito bom no paraíso do Jardim de Éden.

Há segredos ainda ocultos na Bíblia, que entenderemos somente quando vier o Espírito de verdade. É necessário que o leitor esteja disposto a ler com a mente aberta, livre de conceitos pré-formados, fixados e estabelecidos pelas doutrinas do passado. É por isso que Jesus disse: “o vinho novo deve ser posto em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.”(2)

O leitor sincero e interessado por uma nova visão poderá descobrir uma relação profunda com o Criador. Um dos segredos mais bem guardados encontra-se no capitulo três, que relata o começo do mal e a expulsão do homem do Jardim do Éden. O homem não conseguia mais encontrar o seu caminho de volta, mesmo depois da vinda do Messias Jesus, que veio como o novo Adão para restaurar a falha do primeiro Adão.

Sendo Deus um ser de amor, criador de uma natureza e universo perfeitos, com certeza deve ter acontecido uma falha muito grande no Jardim de Éden para explicar o tamanho da maldade existente no ser humano(3). Os rabinos e os estudiosos da Tora não conseguiram interpretar “o tremendo mistério” da “árvore do conhecimento do bem e do mal” , e por conseqüência disso a falha de Adão no Jardim não foi bem entendida pelo judaísmo milenar.

Quando Jesus, o Messias, veio para restaurar o homem banido do Éden, os sacerdotes, os escribas e João Batista não foram capazes de entender a sua missão, e por isso Paulo lamentou a ignorância do povo que crucificou Jesus, dizendo: “a sabedoria de Deus, oculta em mistério... nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (4). Devido à descrença do povo, Jesus encerrou a sua vida terrena na cruz sem ter tido a oportunidade de dizer tudo o que queria dizer: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”(5). A segunda vinda tornou-se necessária pois a missão de restaurar o Éden não foi realizada naquela época.

O estudo profundo da primeira lei (Gn 2: 16-17 - a lei da porção de responsabilidade humana durante o período de crescimento) revela que o plano de salvação pela morte na cruz foi na verdade o plano “B” secundário, e que havia antes um plano “A” primário, “a obra de Deus: que creiais naquele que ele enviou.” Esta obra não foi realizada em virtude da descrença do povo judeu.

O apóstolo Paulo, seguidor da Tora, reconhecido com um dos pilares fundadores do cristianismo, forneceu quase um terço das escrituras do Novo testamento. Ele influenciou diretamente as doutrinas cristãs com a sua visão tradicional de bom fariseu, ensinou e escreveu suas cartas que se tornaram as crenças do cristianismo até hoje. Sua conversão aconteceu na ocasião da visão do espírito de Jesus ressuscitado. Como o seu conhecimento prévio a respeito dos ensinamentos de Jesus era limitado, mediante os testemunhos de outros seguidores e a inspiração do Espírito Santo. Continuando a crença da Antiga Aliança, “sem derramamento de sangue não há remissão dos pecados”. Os discípulos e ele acreditaram que o sacrifício de Jesus era a vontade predestinada do Deus todo poderoso.

Para chegar a esta conclusão, o Reverendo Sun Myung Moon lutou durante muitos anos contra milhares de espíritos malignos na terra e no mundo espiritual. Ele foi então capaz de revelar os segredos do Céu, graças a uma comunhão com Deus, um encontro com Jesus, e com o apoio dos santos no paraíso.

Não é nada fácil vencer os preconceitos, e é necessário para isso um tempo de discernimento e amadurecimento. É preciso cultivar um coração humilde, e buscar através da oração a intuição espiritual, o sentimento no coração e o entendimento na razão.

[1] SHULAM Joseph. A Tora. Belo Horizonte: AMES, 2006 pág.13
[2] Lc 5, 38
[3] GUIMARAES Marcelo. Investindo agora lucrando sempre. Belo Horizonte: AMES, 2006,
pág. 50
[4] I Cor. 2, 8
[5] Jo 16, 12