Saturday, December 12, 2009

A ÁRVORE DA VIDA (Gênesis 2 - parte 2)


A Árvore da Vida

Genêsis 2 - Verso 9 – "Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de arvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal".

Não existe nenhuma árvore no mundo natural que produz “vida” ou “conhecimento do bem e do mal”. Aqui temos uma linguagem figurativa, e para descobrirmos o que representam estas árvores, vamos primeiro analisar a árvore da vida, que se encontrava ao lado da árvore do conhecimento do bem e do mal.

“O fruto do justo é arvore de vida”,... (Pv 11: 30)...“o desejo cumprido é árvore de vida”(Pv 13: 12), “a Sabedoria é árvore de vida” (Pv 3: 18), “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras,... para que lhes assista o direto a arvore da vida”,...(Ap. 22: 14)

Podemos entender “a árvore da vida” como um desejo a ser cumprido ou uma esperança a ser alcançada. Vemos mais para frente em Gn 3: 24 que Adão será expulso do jardim e perderá o direito de alcançar a árvore da vida. O grande drama da história da humanidade é: Como voltar à árvore da vida?[1]

Yeshua é (a Torá encarnada), a árvore da vida,... revelando toda a verdade. [2]
Em Isaias 11: 1, o Messias é comparado a um tronco e a uma raiz.
Em João 15: 1-5, Jesus é comparado a uma videira e nós os crentes somos os ramos.

Em Romanos 11, Paulo refere-se ao Messias como a “boa oliveira”, e a nós, homens decaídos, como “oliveiras bravas”. Portanto, devemos ser cortados, sermos enxertados para nos tornarmos participantes da raiz e da seiva da boa oliveira.

Está escrito que Jesus veio como o novo Adão (I Cor 15:45), uma boa oliveira ou uma videira, ou seja, como uma “árvore de vida”, a qual o primeiro Adão falhou em alcançar. Então o desejo de Adão no Jardim de Éden era de se tornar uma “árvore de vida” que representa um homem aperfeiçoado realizando o ideal da criação, ou seja, o Adão perfeito que guarda o mandamento de Deus.

O bom entendimento da vontade de Deus para com Adão no Jardim de Éden é a base para o sistema teológico e o ponto de partida para interpretar toda a Bíblia.

Qual era o plano original de Deus para Adão? Era que o homem se tornasse “árvore da vida”, ou seja, alcançasse a perfeição obedecendo ao mandamento de não comer, realizando assim a condição de parceiro submisso a Deus, herdando as bênçãos, estabelecendo a Justiça e o Reino de Deus no paraíso no início da historia humana.

Até hoje, não conhecemos nenhum rabino estudioso da primeira aliança ou um teólogo cristão tendo feito uma interpretação desta forma. As doutrinas convencionais ensinam que tudo o que aconteceu fazia parte dos planos de Deus, e que Ele permitiu que todas essas coisas acontecessem porque essa foi a forma escolhida por Ele para se revelar a nós. Além disso, afirmam que a Queda e o paraíso perdido permitiram o surgimento de um novo céu e uma nova terra ainda melhores.

Assim como havia uma árvore no Jardim do Éden que simbolizava um homem perfeito, devia haver também uma árvore para representar uma mulher que realizasse o ideal da Criação em sua totalidade. A “árvore do conhecimento do bem e do mal” , que estava ao lado da árvore da vida, representaria a mulher ideal, ou seja, a Eva perfeita.[3]

[1] RESNICK Russel. Aplicação da Tora. Ministério Ensinando de Sião - Belo Horizonte - pag. 9
[2] MIGUEL Igor. Doutrinas Bíblicas. Ministério de Ensinando de Sião - Belo Horizonte - pag. 10
[3] MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino- AFUPM - São Paulo - pag. 98









O SÉTIMO DIA (Gênesis 2 - parte 1)

Gênesis 2:1 “Assim foram acabados os céus e a terra,...” Deus completou a criação do mundo natural com todas as coisas, do mundo invisível (céu) e visível (terra) ao longo de um processo que levou muito tempo, até milhões de anos, segundo a ciência.

Versos 2-3 – “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou neste dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou; Deus o dia sétimo e o santificou;...”

Mais pela frente no livro do Êxodo, Deus mandou santificar e guardar o Shabat como dia de descanso para o povo judeu, que aparece como o quarto mandamento da Tora.

Vocês sabiam que Deus não pôde descansar em nenhum dia de Shabat durante 6000 anos de história até hoje? Mesmo Jesus, que veio 2000 anos atrás para realizar a vontade de Seu Pai, não podia descansar no dia do Shabat e foi condenado por ter sido acusado de quebrar a. Antes de descansar, o desejo de Deus é de vencer a guerra contra o mal, o sofrimento, erradicar todos os pecados de seus filhos e estabelecer Seu Reino de Justiça, Paz, Bem e Amor. Mesmo a natureza está lamentando e não descansa, aguardando o dia da redenção.(1)

Devemos lembrar neste dia santo a nossa responsabilidade como filhos para ajudar Nosso Pai na realização de Sua Vontade; temos um grande compromisso de praticar os mandamentos da Torá e de sermos modelo para toda a humanidade. Somente então chegará o momento de descanso, de festa e de alegria. Nosso Criador mandou descansar neste dia santo, não porque considerava um pecado o fato de trabalhar em um dia de sábado, mas sim porque era necessário seguir um processo visando educar o ser humano através dos mandamentos e da Lei, treinando assim o povo escolhido e estabelecendo uma tradição religiosa de devoção na família e na comunidade. Isso possibilitaria que o povo escolhido praticasse as leis divinas, renovando a cada semana a aliança entre Deus e o povo. Na primeira aliança, a transgressão da lei do sábado era considerado pena capital (Ex 31:15).

Verso 7 -...“então, formou Deus o homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente.”

Deus formou o homem a partir do pó da terra, o que significa que nosso corpo físico foi criado a partir dos elementos químicos encontrados na terra, incluindo a água e o ar. O corpo físico possua uma “alma” ou mente física, que dirige o corpo físico para manter as funções necessárias para sua sobrevivência, proteção e reprodução. O instinto, por exemplo, é um aspecto da mente física de um animal.

Nosso corpo espiritual, ou espírito, é uma realidade substancial e imaterial que só pode ser percebida pelos sentidos espirituais. É o parceiro-sujeito para o nosso corpo físico. Nosso espírito pode comunicar-se diretamente com Deus (antes da queda, no mundo original e após alcançar a perfeição). Na aparência, nosso corpo espiritual assemelha-se ao nosso corpo físico. Depois que deixamos o corpo físico, que volta para a terra, no momento da “morte”, nós entramos no mundo espiritual e lá vivemos pela eternidade. Nosso corpo espiritual possui uma “alma” ou mente espiritual (o parceiro-sujeito) e um corpo espiritual (o parceiro-objeto). A mente espiritual é o centro do corpo espiritual e é lá que Deus habita. (2) [situação original antes da queda]

A importância da vida na terra

O espírito pode crescer somente enquanto habita no corpo. Assim, o relacionamento entre o eu físico e o eu espiritual é semelhante àquele entre uma árvore e seus frutos.
Nós temos que levar uma vida de bem enquanto estivermos na Terra. Jesus disse: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na Terra terá sido desligado nos céus”. (Mat: 18: 18)

Durante a vida na terra, cada ação e movimento praticados pelo indivíduo são gravados no seu eu espiritual. Assim sendo, você entrará no mundo espiritual na forma de seu eu espiritual, sobre o qual está gravada a sua vida na Terra com cem por cento de precisão. Seu espírito mostrará claramente se você levou uma vida madura de bondade ou uma vida arruinada pelo pecado. O que isto quer dizer é que Deus não julgará você: você será o seu próprio juiz.

Se uma pessoa estiver ciente destas surpreendentes leis do Céu, será que os remanescentes dias de sua vida na terra seriam gastos em egoísmo e imoralidade, sucumbindo a todas às tentações de Satanás e buscando nada mais do que prazer? Não. Em vez disso, você deve abster-se de prejudicar e manchar o seu corpo espiritual, mesmo correndo risco em sua vida terrena.(3)

[1] MOON Sun Myung. The Book of Genesis. HSA-UWC - New-York- 2003. pag 22
[2] MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. AFUPM - Sao Paulo - 2009. pag. 88
[3] MOON Sun Myung. Mensagens de Paz. Sun Hwa Publication- Seoul - 2007. pag. 109