Saturday, November 13, 2010

COMO ACONTECERÁ A SEGUNDA VINDA DO MESSIAS?

Como Acontecerá a Segunda Vinda do Messias?

Hoje não acreditamos em nada que não tenha lógica. Deus é verdade, e a verdade é lógica por si mesma. Não pode haver perfeição na ignorância.

A oração dos cristãos não poderia ter posto Neil Armstrong na Lua. A verdade científica era necessária. Eu próprio fui um estudioso de ciência, e reconheço que Deus é

também o Deus da ciência. Portanto, Sua mensagem deve ser científica e lógica, capaz de convencer os homens do século XX.

Permitam-me chegar ao ápice do discurso[1] desta noite analisando como se cumprirá a Segunda Vinda de Cristo.

Lemos em Mateus 24: 30:

“Eles verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com poder e grande

glória.”

Lemos também em Apocalipse 1:7 as seguintes palavras:

E eis que ele vem com as nuvens!”

Em I Tessalonicenses 5:2:

“O dia do Senhor virá como um ladrão durante a noite”.

Uma profecia diz que o Senhor vem com as nuvens do céu, enquanto outra diz que ele virá como um ladrão na noite. Estas duas profecias estão de certo modo em conflito. Se ele vem como um ladrão, não pode ao mesmo tempo aparecer nas nuvens. Tomaremos então uma profecia e excluiremos a outra?

O povo escolhido de Israel há 2.000 anos não sabia que a mensagem de Deus estava escrita em forma de símbolos. Eles interpretaram a mensagem de Deus literalmente e

cometeram um grande erro. E quando nós, cristãos, lemos o Novo Testamento, não devemos incorrer no mesmo erro. Temos de ler a Bíblia no espírito de Deus, e conhecer o

verdadeiro significado dos símbolos e das parábolas.

Há 2.000 anos todos esperavam que Elias viesse no céu azul, mas ele não veio desse modo. E esperavam que o Messias viesse com as nuvens do céu, mas ele não veio assim. Hoje, os cristãos esperam que o Senhor do Segundo Advento venha nas nuvens. Porém há alguma garantia de que essa expectativa não lhes desapontará mais uma vez?

Sejamos humildes e tenhamos nossas mentes abertas para aceitar ambas as possibilidades — sua vinda nas nuvens do céu e sua vinda como um ladrão durante a noite. Se você pensa apenas que a vinda do Senhor será nas nuvens e, no entanto sua expectativa não se realiza - porque ele vem como o Filho do homem em corpo físico – então provavelmente você cometerá o mesmo crime que os fiéis judeus cometeram há 2.000 anos.

Porém, se você é humilde e capaz de aceitar o Senhor como o Filho do homem em corpo físico - que é a única maneira dele poder vir como um ladrão - não há então possibilidade de ser enganado. Poderá então ter a certeza de encontrar o Senhor seja qual for o modo como ele virá.

Somente lhe será possível perder a oportunidade de ver o Senhor se ele vier como um ladrão. Se ele vier nas nuvens, você não tem nenhuma razão para se afligir. Nesse caso todos os olhos poderão vê-lo. As redes de televisão estarão seguras quanto a isso.

Porém devo lhes dizer que Deus não enviará Seu Filho literalmente com as nuvens do céu. Se você está olhando para o firmamento esperando pela Segunda Vinda do

Messias, certamente ficará desapontado. Ele virá novamente como homem num corpo físico.

Esta é a revelação de Deus. Deixe-me testemunhar isto lendo algumas significativas profecias da Bíblia.

Em Lucas 17: 20, diz:

“Sendo interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes

respondeu: O Reino de Deus não vem com sinais para serem observados.”

Todos o veriam nas nuvens do céu. Mas Jesus disse que nós não observaríamos a vinda do Reino. Os judeus crentes viram a vinda do Messias? Não! Não viram porque

ele veio como o Filho do homem encarnado.

Em seguida vamos considerar a mais extraordinária afirmação de Jesus. A maioria das pessoas pergunta: “A Bíblia diz isso?”

Vejamos em Lucas 17:25, onde Jesus disse:

“Mas primeiro o Senhor do Segundo Advento deve sofrer muito e ser rejeitado pela

sua geração.”

Se o Senhor vem das nuvens do céu em poder e glória, ao som das trombetas dos anjos, quem ousará rejeitá-lo ou causar-lhe sofrimento? Estas são as palavras de Jesus. Ele

sofrerá e será rejeitado porque vem como o Filho do homem encarnado. A princípio o povo terá dificuldade em reconhecê-lo como o Cristo.

Todas as igrejas cristãs e todos os devotos esperam a vinda do Senhor nas nuvens do céu. Todos estão olhando para o alto esperando pelo seu aparecimento. Mas se esta expectativa não se realizar e o Senhor aparecer inesperadamente como o Filho do homem dotado de um corpo físico - como Jesus veio a este mundo em sua primeira vez - o que acontecerá?

Primeiramente o povo o rejeitará e lhe causará sofrimento. Não haverá fé na Terra. No começo não haverá aceitação a Cristo. Muitos cristãos se armarão de pedras para apedrejá-lo e o chamarão de blasfemo e herege, e o acusarão de estar possuído por demônios. Estas foram as mesmas acusações feitas contra Jesus há 2.000 anos.

Em Lucas 17: 26-27 lemos:

“Como aconteceu nos dias de Noé, assim acontecerá também nos dias do Filho do

Homem. Comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres davam-se em

casamento, até o dia em que Noé entrou na arca e veio o dilúvio, que os fez perecer

a todos.”

Esta é descrição dos dias do Filho do Homem. E isto acontecerá quando o Senhor vier como o Filho do homem encarnado.

Como um homem, Jesus que está para vir anunciará o Reino dos Céus. Mas ninguém lhe dará atenção. De fato, o povo rirá dele, perseguirá e o ridicularizará fazendo toda espécie de mal contra ele.

Entretanto o mundo continuará do mesmo modo, preocupado com as coisas carnais - comendo, bebendo, casando - até o dia em que o Senhor será elevado ao trono de

julgamento. Quando o mundo o reconhecer como o Senhor do Julgamento, será tarde demais. A arca se fechará. O julgamento afetará a todos imediatamente.

Agora escutem esta passagem onde Jesus disse:

Farei justiça prontamente, digo-lhes. Mas, quando o Filho do Homem voltar,

encontrará fé na Terra?” Lc. 18: 8

Jesus fez questão de perguntar se haveria fé na Terra quando Cristo voltasse. Por que?

A história pode se repetir. Há 2.000 anos havia grande fé em Israel. Eles oravam nas sinagogas pela manhã, ao meio dia e à noite. Liam constantemente as escrituras escrevendo as nas lapelas e recitando-as todos os dias. Eles guardavam os Dez Mandamentos e todas as leis mosaicas. Traziam suas dádivas para o templo e jejuavam muito.

Porém, quando o filho de Deus apareceu, eles falharam em reconhecê-lo e o puseram numa cruz. Jesus encontrou alguma fé no seu povo? Aos olhos de Jesus não havia absolutamente nenhuma fé sobre a Terra.

Assim, quando ele aparecer outra vez como Filho do Homem em corpo físico, igualmente poderá não haver fé sobre a Terra. Milhões de cristãos e milhares de igrejas

nunca poderão ver o Filho do Homem, porque ele vem com um corpo físico.

Mt. 7: 22, 23 diz:

“Muitos dirão naquele dia: Senhor, senhor, não foi em teu nome que profetizamos,

expulsamos demônios e fizemos muitos milagres? E então eu direi: Nunca lhes

conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”

O que quer dizer isto? Por qual razão estes cristãos devotos que clamam no nome do Senhor serão condenados como malfeitores? Que espécie de mal teriam cometido?

Durante o transcorrer da história muitos crimes e pecados têm sido cometido em nome do Senhor.

Não há melhor exemplo disso do que os acontecimentos no tempo de Jesus. O povo

que conspirou para matar Jesus - e finalmente conseguiu crucificando-o numa cruz - era o mesmo povo que tinha fielmente seguido a palavra de Deus dia e noite. No entanto, quando o Filho de Deus os visitou, eles cometeram o pior crime da história. Mataram o único Filho de Deus, e o fizeram em nome do Senhor!

Do mesmo modo, quando Cristo vier outra vez como um homem em carne, como poderemos ter certeza de que os cristãos de hoje não serão os primeiros a jogar pedras contra ele? Hoje temos a mesma responsabilidade que o povo de há 2.000 anos. Não interessa quanto as nossas ações e orações sejam boas. Quando Deus enviar Seu Filho, se não o reconhecermos e nos unirmos com ele, Deus dirá: “Afastai vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”

Se é verdade que a história se repete, neste caso os cristãos modernos podem tornar-se os piores inimigos do Senhor do Segundo Advento. Eles podem tentar crucificá-lo

novamente em nome do Senhor.

Todavia, ainda que a rejeição e perseguição iniciais possam ser muito severas, Cristo não voltará para ser crucificado novamente. O Senhor do Segundo Advento será

vitorioso e finalmente será elevado ao trono do julgamento, julgando o mundo como o Senhor do Julgamento.

Quando ele subir ao trono, então todos os olhos o verão. Ele será inequivocamente reconhecido por todos. E aqueles que o acusaram e rejeitaram irão lamentar-se em lágrimas por causa do mal que lhe fizeram. Mas será tarde. O Senhor lhes dirá: “Eu nunca os conheci. Afastem-se de mim, malditos.”

O Senhor vem. E vem como um homem. Contudo, ele também vem com o poder e a glória de Deus, e julgará o mundo. Apenas os humildes serão abençoados. Os arrogantes verão o fogo inextinguível.

[1] Discurso:"O Novo Futuro do Cristianismo", proferido no Madison Square Garden de Nova Iorque em 18 de Setembro de 1974 pelo Reverendo Sun Myung Moon


Friday, November 12, 2010

MIDRASH E PENSAMENTO JUDAICO

MIDRASH E PENSAMENTO JUDAICO

Trabalho apresentado segundo as exigências

Do Curso Básico de Teologia Judaico-Messiânico à Distância sob a orientação do Professor Matheus Z. Guimarães.

Ministério Ensinando de Sião – Brasil - 2010

Midrash e Pensamento Judaico

A Midrash é uma palavra hebraica conhecida na linguagem acadêmica como hermenêutica, que significa a maneira de interpretar os textos ou como entender as Escrituras ou a Bíblia.

Antigamente a Torá ficava dentro do Templo e somente os sacerdotes e os levitas podiam estudá-la e ensiná-la. Se alguém quisesse saber a vontade de D’us, iria até o profeta ou sacerdote e perguntaria a ele.

Os Fariseus, no 2º século antes de Yeshua, causaram uma revolução, dizendo que a Bíblia era para todos.

Todos os textos podem ser entendidos de várias formas. Existem quatro maneiras principais de entender um texto:

1. O entendimento superficial ou literal, em hebraico “Peshat”.

2. Interpretação entre as linhas do texto, que é um significado mais profundo, em hebraico “Remez”.

3. O “Drash” que significa “associação” ou “comparação”, pesquisar um significado em conexão entre dois textos.

4. O significado secreto escondido ou misterioso, que pode ser compreendido mediante o conhecimento do autor ou do assunto. Em hebraico “Sod”.

A primeira letra dos quatro nomes forma a expressão PaRDeS, que em hebraico

significa “Paraíso”. Aqui está a base da hermenêutica judaica.

É importante entender que os textos bíblicos foram escritos por judeus e que

devemos lê-los através dos olhos do povo judeu, através do contexto histórico e do idioma original no qual eles foram escritos.

O texto do Novo Testamento está em grego, mas com sentido hebraico, pois

foi escrito por pessoas que não eram gregas que na verdade falavam hebraico.

A tradição evangélica diz que a os textos da Bíblia foram ditados por D’us, Mas não existe nenhum dos textos originais “ditado”. A visão judaica de inspiração é que temos relatos dos eventos inspiradores, que através de testemunhas que viram o que aconteceu, foram escritos.

Temos o exemple dos três evangelhos sinópticos que contam a mesma coisa de pontos de vistas diferentes. Também temos diferenças no texto dos Dez Mandamentos que D’us ditou para Moisés, em Êxodo 20: 8 e em Deuteronônio 5:12, devemos “lembrar” ou “guardar” o Shabat.

A verdade além de relatar os Fatos, contém também as emoções e sentimentos; a definição judaica de Inspiração são relatos dos fatos do que D’us operou.

Na verdade, não há erros no texto, não podemos pegar somente o entendimento superficial, D’us nos dá sinais para que pudéssemos pensar mais profundamente.

Os textos do Tanach tem três famílias de Escritos que sobreviveram:

1. Os textos Massoréticos, textos em hebraico antigo, escritos de 500 até 1000 d.C. 2. A Septuaginta, que é uma tradução do Tanach em grego, feita no século III a. C. 3. Os Pergaminhos do Mar Morto, descobertos em 1947.

Os textos originais não tinham vogais, que surgirem no século VII d.C., então a

palavra Edom (Amos 9:12) citada por Tiago em Atos 15: 18, é parecida com Adam (Gentios).

Existem dois tipos de Midrashim:

1. Midrash Hagadá: extrair um ensinamento do texto ou da história.

2. Midrash Halachá: extrair uma lei do texto e como você deve se conduzir de

acordo com a Torá.

Tiago fez uma Midrash Halachá, (conduta) para que os gentios fizessem o mínimo

da Lei, que corresponde aos quatro mandamentos conhecidos como Leis Noéticas.

Podemos aprender dos exemplos dos crentes da Igreja do primeiro século sobre o

dízimo, as reuniões, os cultos, a Santa Ceia, o salário do pastor, o louvor e adoração.

Midrash é a busca por respostas que os textos não trazem diretamente.

As cartas de Paulo são dividas em duas partes. A primeira é teológica e a segunda é relativa a assuntos práticos.

Princípios da lógica para fazer-se a Midrash

1. Do menor para o maior (Kal Vachômer)

Precisamos entender que há diferentes níveis de pecado, sendo uns mais graves que

outros, e cada pecado tem a sua própria punição. Também há mandamentos maiores que outros. (Mateus 5: 19)

2. Comparação de expressões similares (Guezerá Shavá)

Esse tipo de Midrash só pode ser feito em Hebraico e não em outro idioma. Exemplo: Mateus 1:21 “Seu nome será YESHUA (ישוע - significa salvar) porque ele

SALVARÁ (ישועה – significa salvação) o Seu povo dos seus pecados”. As duas palavras são muito parecidas em hebraico.

3. Chekesh – significa “comparação”

Em Mateus 5: 27, 28; Yeshua tomou o mandamento de não cometer adultério,

chocou-o com o verso do Números 15: 39, que fala que o homem anda adulterando com o coração ou com os olhos, e diz que a pessoa comete adultério também quando deseja com os olhos e com o coração.

Muitos cristãos pensam que Yeshua anulou a Torá, porque dizia: “Ouvistes o que foi dito, mas eu vos digo...” Yeshua estava usando a Torá através do Chekesh, chocou os dois versículos e chegou a uma conclusão que não contradiz os versos envolvidos.

4. Principio e Detalhes (Kelal Urefat)

O verso Gálatas 5: 18, é o Princípio, ou seja, se você estiver sendo guiado pelo

Espírito, não precisa da Torá, pois estará fazendo a vontade de D’ us. Os versos 19 – 2 1 são os detalhes.

5. Detalhe e Princípios (Prat Uchlal)

Primeiro vêm os detalhes, Êxodo 22: 9 – 10, e depois o princípio verso 11.

6. Princípio e detalhes e princípio novamente (Klal Ufrat Uchlal)

Por exemplo, o Princípio Levítico 17:10, os detalhes 11- 13, e o princípio

verso 14 novamente.

O que significa estar “debaixo da lei?”?

É do versículo Êxodo 23:5 que Paulo tirou esta expressão. Através da cruz, nos

livramos do peso da Lei e das maldiçoes.

Qual é o nome do Rei Messias? “Homem de Guerra” Êxodo 15:3; “O Senhor Justiça Nossa” Jeremias 23:6

O termo Espírito Santo surgiu numa época quando os judeus não falavam mais o nome de D’ us, em outras palavras, Espírito Santo e o Espírito de D’ us!

Yeshua e D’ us? Paulo diz: ”Nele habita corporalmente toda a plenitude de D’ us” Colossenses 2:9

O termo grego “Cristão” tornou-se confuso no mundo judaico e muçulmano, usamos a palavra hebraica “Messiânico”.

Yeshua é nossa fortaleza (Isaias 52:1)

O mais importante é restaurar a Igreja à forma que ela possuía no primeiro século.



Wednesday, July 28, 2010

Uma nova revelação de Deus

O Futuro do Cristianismo (parte 1)

(Baseado no discurso “O Novo Futuro do Cristianismo” por Reverendo Sun Myung Moon proferido no Madison Square Garden de Nova Iorque no dia 18 de setembro de 1974)

Uma nova revelação de Deus

Há somente um Deus, o criador e Senhor do universo, somente um Cristo(1) e somente uma Bíblia. Entretanto, atualmente, apenas no mundo cristão há mais de 33800 denominações diferentes(2), todas olhando para a Bíblia de diferentes pontos de vista, e com muitas interpretações diferentes.

No que estamos interessados não é a interpretação humana da Bíblia, mas como interpretar a Bíblia do ponto de vista de Deus, e qual é realmente a vontade de Deus. Portanto, nenhuma pessoa por si mesma é capaz de nos satisfazer. Essa informação deve vir de Deus, na forma de revelação.

Sendo que esta mensagem veio de Deus, e sendo que ela é do ponto de vista de Deus, o conteúdo naturalmente pode ser diferente do entendimento humano. Portanto, ela pode ser novidade para vocês. Mas o que necessitamos são novas idéias – idéias de Deus, porque o homem já esgotou todas as suas próprias idéias.

Por isso eu peço a cada um de vocês para abrir sua mente e abrir seu coração, para que o espírito de Deus possa falar diretamente para você. Por 2.000 anos, os cristãos do mundo têm esperado por um culminante grande dia, como profetizado na Bíblia, - o dia da Segunda Vinda do Cristo. Sendo que esta tem sido a promessa de Deus, a Segunda Vinda de Cristo definitivamente será realizada.

Porque o Cristo está vindo uma segunda vez? Ele está vindo para consumar a vontade de Deus. Então, o que é a vontade de Deus? Sabemos claramente o que é a vontade de Deus?
Deus é imutável, eterno, único e absoluto. E Ele tem uma vontade, a qual é também eterna, imutável, e absoluta. No início, Deus tinha um propósito definido para a criação do universo e este mundo. Esse propósito era a razão para a criação. E Deus começou a criação do universo e do homem para cumprir esse propósito.

De acordo com a Bíblia, após o primeiro homem e a primeira mulher serem criados – Adão e Eva – Deus deu a eles um mandamento. Esse mandamento era:

“da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás'. (Gen. 2:17)

Deus pediu que eles obedecessem a Seu mandamento. Deus estava insinuando que pela obediência de Adão e Eva à este mandamento, Seu propósito seria realizado. Entretanto, Deus deixou muito claro as conseqüências da desobediência. Ele disse, "no dia em que dela comeres, certamente morrerás". O resultado da desobediência foi a morte.

Entretanto, Adão e Eva desobedeceram a Deus. O resultado foi a queda do homem. A morte espiritual(3) veio para a humanidade, e o propósito de Deus não foi realizado. A queda do homem significa o seu desvio do estado original pretendido por Deus. Adão e Eva se apartaram do cumprimento do propósito de sua criação. Eles fizeram uma escolha errada, criando o oposto ao que Deus originalmente pretendia.

Após sua desobediência, Deus não teve outra escolha a não ser expulsar este homem e esta mulher do Jardim do Éden. O Jardim do Éden é uma expressão simbólica do Reino de Deus na terra. Adão e Eva jamais saborearam a cidadania no Reino de Deus, por isso eles foram expulsos fora da esfera divina, o inferno – o qual não era parte da criação de Deus.

Notas:
[1]Palavra de origem grega Χριστός (Khristós) que significa "Ungido", o termo grego,
por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o
português como Messias.
[2]Segundo a World Christian Encyclopedia, published by Oxford University Press em
2001.
[3]Adão e Eva continuaram sua vida terrena depois da Queda e deram à luz filhos que
se multiplicaram até formarem a atual sociedade humana corrupta. Podemos concluir
que a morte causada pela Queda não significa o fim da vida física, mas a Queda do
bom domínio de Deus para o mau domínio de satanás. “Porque o salário do pecado é
a morte [espiritual], mas o dom gratuito de Deus é a vida [espiritual] eterna...”
(Rm 6, 23)

Saturday, June 19, 2010

A Queda do Homem - O pecado original - Gn3 - parte1

A QUEDA DO HOMEM

Gênesis 3: 1 - Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?

O que simboliza a serpente? Vamos analisar a verdadeira identidade da serpente.
A serpente era capaz de falar com as pessoas. Ela causou a Queda do homem que também é um ser espiritual. Além disso, a serpente conhecia a vontade de Deus que proibia estritamente os seres humanos de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Isto é uma forte evidência de que a serpente simboliza um ser espiritual. Está escrito:

“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que por uns é chamada de Diabo e por outros, de Satanás, que engana a todos; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”. (Ap 12:9)

Esta antiga serpente é a mesma serpente que tentou Eva no Jardim do Éden. Tendo vivido no Céu antes de ser precipitado, este diabo ou satanás deve ser um ser espiritual. Com efeito, desde a Queda humana, satanás tem estado constantemente a desviar o coração das pessoas para o mal. Como satanás é um ser espiritual, a serpente que o simboliza também deve representar um ser espiritual. Estes traços de evidências bíblicas confirmam que a serpente que tentou Eva não era um animal, mas um símbolo referente a um ser espiritual.
Levanta-se agora a questão sobre o fato de o ser espiritual simbolizado pela serpente existir antes da Criação do universo ou ter sido criado como parte do universo. Se tal ser já existia antes da criação do universo e tinha um propósito contrário ao de Deus, o conflito entre o bem e o mal no universo seria inevitável e eterno. Neste caso, a Providência divina da restauração seria em vão. Mais ainda, o monoteísmo, que aponta Deus como o único Criador do universo, não teria qualquer fundamento. Resta-nos a hipótese do ser espiritual representado pela serpente ter sido originalmente criado com uma finalidade boa, mas que, posteriormente, caiu e se tornou satanás.
Que espécie de ser espiritual na criação de Deus podia ter conversado com as pessoas, compreendido a vontade de Deus e vivido no Céu? Que espécie de ser podia transcender o tempo e o espaço para dominar a alma humana, mesmo depois de ter caído, degradado e se tornado um ser maligno? Não existem outros seres dotados com estas características senão os anjos. O versículo: “Ora, se Deus não poupou os anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (II Pe 2: 4), apóia a idéia de que a serpente que tentou os seres humanos e pecou é um anjo.
A serpente possui uma língua bifurcada: isso representa alguém que diz coisas contraditórias com a língua e vive uma vida dupla com o coração. A serpente enrola o seu corpo em volta da presa antes de devorá-la: uma metáfora para alguém que engana os outros para o seu próprio benefício. Por estas razões, a Bíblia compara o anjo que tentou os seres humanos a uma serpente.[1]

Verso 4 - Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.

Deus criou os seres humanos para envelhecerem e voltarem ao pó; a morte física já estava destinada, independentemente da Queda. Adão morreu com a idade bíblica de 930 anos, e o seu corpo voltou ao pó; mas esta não foi a morte causada pela Queda. De acordo com o Princípio da Criação, a carne é a roupagem do espírito. Assim como nós descartamos roupas já muito usadas, também nosso corpo deve ser descartado quando envelhecer e enfraquecer. Somente o eu espiritual, despojado de suas vestes, pode ingressar no mundo espiritual e viver lá eternamente. Nada do que é material pode viver para sempre. Os seres humanos não são exceção; nossos corpos não podem viver eternamente. Se os seres humanos vivessem na Terra para sempre na carne, por que Deus teria criado o mundo espiritual como nosso destino final? O mundo espiritual não foi criado depois da Queda, como um lugar para os espíritos decaídos habitarem. Pelo contrário, ele faz parte da Criação original, e foi criado como o lugar onde os indivíduos que cumpriram a finalidade da Criação gozarão da vida eterna como espíritos, depois do término de suas vidas terrenas.
A maioria das pessoas é apegada à sua vida terrena. Elas lamentam a sua passagem porque, devido à Queda, tornaram-se ignorantes quanto ao fato de que, depois de descartarem sua “vestidura” física, viverão para sempre no belo e eterno mundo espiritual. A transição da vida física para a vida no mundo espiritual pode ser comparada à metamorfose de uma lagarta em borboleta. Se a lagarta tivesse autoconsciência, poderia sentir o mesmo tipo de apego (que as pessoas sentem em relação à sua vida terrena) pela sua existência limitada, caminhando sobre as folhas das plantas. Provavelmente, ela também seria relutante em terminar sua existência como lagarta, desconhecendo que estaria destinada a entrar numa nova fase da vida como borboleta, gozando das flores perfumadas e de seu doce néctar, para júbilo de seu coração.
O relacionamento entre a existência terrena e a vida de um espírito é semelhante ao relacionamento entre a lagarta e a borboleta. Além disso, se não tivesse ocorrido a Queda as pessoas terrenas poderiam relacionar-se com espíritos tão naturalmente como se relacionam entre si no mundo físico. Elas saberiam que a morte não é a partida final que as separa de seus entes queridos da Terra. Se as pessoas soubessem da beleza e da felicidade do mundo em que elas ingressam depois de atingirem a perfeição na Terra e de morrerem naturalmente, esperariam ansiosamente pelo dia em que elas entrariam naquele mundo.
Como a Queda não causou a morte no sentido da expiração da vida física, podemos deduzir que ela trouxe o outro tipo de morte. Analisemos isto um pouco melhor. Deus disse a Adão e Eva que no dia em que comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal certamente morreriam. Já que Deus os advertiu, Adão e Eva devem ter morrido, de fato, quando comeram do fruto. Todavia, Adão e Eva continuaram sua vida terrena depois da Queda e deram à luz filhos que se multiplicaram até formarem a atual sociedade humana corrupta. Podemos concluir que a morte causada pela Queda não significa o fim da vida física, mas a Queda do bom domínio de Deus para o mau domínio de satanás.[2]

Notas:
[1]MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág. 62
[2]MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág. 148

Saturday, April 10, 2010

Sobre a matéria de Heresiologia

Sobre a Matéria de "Heresiologia" do Ministério Ensinando de Sião.

A palavra "Heresiologia" é ofensiva e discriminatória

"Inicialmente, não tinha caráter pejorativo (At. 15:5, 24.5-14), depois assumiu sentido negativo (Gl 5:19-21).
"tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, persevera nesta coisa; porque, fazes isto, te salvarás, tanto a ti mesmo quanto aos que te ouvem." (1 Tm. 4:16)


Muitos cristãos usam este versículo preocupados pela sua salvação individual, e colocam a importância da crença acima do amor.
Deus Criou cada ser humano unico na maneira de pensar, crer, orar, falar, interpretar, entender e criar. No adiante olhar para os outros analisando, investigando e julgar as crenças e doutrinas dos outros.

Esquecendo que o Messias Yeshua ensinou a não julgar (Mt 7:1~5) e amar seus inimigos (Lc 6:35), o Pai Celestial ama todos independente da crença, raça, nacionalidade e religião (Lc 15:11) somos todos: judeus, cristãos, muçulmanos, budistas, hinduistas e as demais religiões, seus filhos e todos somos descendentes da queda e precisamos a salvação através do Messias, Pai do Amor Verdadeiro. Ninguém além Dele tem a qualificação para julgar ou discriminar.

Aqueles preocupados a encontrar defeitos e falsidades nos outros perdem um tempo precioso, inclusive se afastam da salvação, primeiro amar a Deus e o próximo, meus vizinhos, são também meus irmãos das outras denominações. A crença, a maneira de crer tem pouco a ver com o caminho da Salvação, o que é importante é amar, respeitar e tratar bem todos mundo com humildade.

A matéria deveria ser intitulada "As Contribuições das Religiões" com a vontade de elogiar e buscar as qualidades de todos os movimentos religiosos que Deus inspirou ao longo da historia. Atacar ou falar mal, julgar os outros é perigoso e eles estão repetindo os crimes da inquisição.

Yeshua esta orando: "afim de que todos sejam um" (Jo 17:21) para que o mundo creia e respeita as leis divinas, nossa responsabilidade primeira como discípulos do Messias é buscar a reconciliação e a cooperação entre os cristãos e entre o cristianismo e o judaísmo. O AMOR de Deus para seus filhos tem o poder de transcender as diferenças de crenças, nos também podemos herdar esta capacidade de amar e perdoar com Yeshua amou.


Os autores: CABRAL e RINALDI, publicaram livros sobre Seitas e Heresias, muito preconceituosos, mas interessados em atacar e buscar defeitos e as pequenas diferenças (10%) nos outros do que buscar os pontos comuns (90%) eles estão promovendo a guerra das doutrinas, atrasando a construção do Reino de Deus. O diabo esta esta muito satisfeito do trabalho deles.

"Este é um livro .... baseada estritamente nos ensinamentos da Bíblia para trazer à luz o que está ..por trás das cortinas das religiões e seitas que estão assolando a humanidade".

Estudo das principais religiões e seitas falsas e suas heresias, está distribuído em ordem cronológica.

Cobrindo assim o surgimento das principais religiões e seitas falsas num período de quase 4000 anos!

O espírito da inquisição !!!

Estou compartilhando um ponto de vista diferente baseado na minha experiência de mais de 35 anos de pesquisa e de atividades buscando a reconciliação, o dialogo e a cooperação entre as religiões.

Shalom e que D´us abençoe o Ministério Ensinando de Sião.

Sunday, January 31, 2010

A FORMAÇÃO DA MULHER - Gn 2 - parte 4

A FORMAÇÃO DA MULHER

Gênesis 2: 18-22 – Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.[...] e da costela que o Senhor Deus lhe tomara formou a mulher e a trouxe ao homem.

Aqui podemos observar que a narrativa não segue uma ordem cronológica, porque Deus criou a mulher em Gn 1: 27.

O que significa que Deus tomou uma costela do homem para formar a mulher? Isso significa que Deus modelou a mulher usando o homem como exemple, fazendo-a um pouco diferente para se complementarem um ao outro. Enquanto Adão era masculino e forte, Deus fez Eva feminina e bonita como as flores.

Como já foi dito anteriormente, todas as coisas foram criadas passando através um período de crescimento a fim de alcançar a maturidade. Deus usou o mesmo princípio criando Adão e Eva como crianças, no estágio de formação, crescendo dia após dia, aprendendo a caminhar. Observando os animais e o mundo natural, descobrindo a cooperação entre o macho e a fêmea, eles tinham a natureza como professor. Por exemplo, a cada manhã o pássaro macho canta e a fêmea responde em harmonia.[1]

Verso 24 – Portanto, deixara o homem seu pai sua mãe, e unir-se-á sua mulher, e serão uma só carne.

Adão e Eva, crescendo como irmão e irmã até tornaram-se adolescentes, tinham liberdade no Jardim do Éden. Contudo, Deus deu um só mandamento, que era o de preservar a abstinência sexual até o dia da bênção do casamento. A palavra de Deus em Gn 1: 28 era “crescei” no sentido de alcançar a maturidade e a capacidade de tomar responsabilidade como esposo e esposa para cumprir o “multiplicai”. E assim Adão e Eva tornaram-se um no amor, “uma só carne.” Homem e mulher, imagem de Deus, co-criadores multiplicando a vida e o amor. A realização da família ideal era o plano divino original, antes da queda. Adão, como “árvore de vida”, e Eva como “árvore do conhecimento do bem” deveriam multiplicar a semente do bem para as gerações sucessivas.

Deus ordenou que o homem fosse “uma só carne” com sua mulher, e este seria o ideal do casamento. Porém, tal vontade de Deus que nunca foi alcançada por causa da queda que destruiu o amor original altruísta que se transformou por fim em amor egoísta. Como veremos mais pela frente, Eva decaída nunca experimentou uma relação harmoniosa unida com Adão.

Verso 25 - E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

Antes da queda, Adão e Eva eram puros, sem pecado; de acordo com a vontade do Criador tudo era muito bom e ambos não tinham conhecimento do mal no paraíso. Eles estavam na adolescência, crescendo como irmão e irmã e praticando a abstinência sexual.



[1] MOON Sun Myung. The Book of Gênesis, HSA-UWC, New-York, 2003 – pág.36

O PRIMEIRO MANDAMENTO - Gn 2 - parte 3

O PRIMEIRO MANDAMENTO

Gênesis 2: 16-17 – E o Senhor Deus lhe deram esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Já esclarecemos anteriormente o fato de que a “Árvore conhecimento do bem e do mal” representa Eva aperfeiçoada, ou seja, que alcançou a maturidade ou a idade certa para ser abençoada por Deus em Matrimônio. Tal como uma árvore se multiplica através de seus frutos, Eva deveria dar à luz filhos bondosos através de seu amor centralizado em Deus. Ao invés disso, ela deu à luz filhos maus através do seu amor satânico. Eva estava em um estado de imaturidade; só devia atingir a maturidade plena depois de passar por um período de crescimento. Por isso, ela podia dar à luz bons ou maus frutos através de seu amor. É por esse motivo que o amor de Eva é simbolizado pelo fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, e Eva é simbolizada pela árvore.[1]

“Não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal” era a primeira Lei e o segredo mais bem guardado de toda a história humana até hoje, o que significava que Eva devia proteger a sua pureza sexual até alcançar a maturidade e receber a permissão de Deus para se casar. Era a Lei de abstinência sexual até o casamento aprovado e abençoado por Deus. Se Eva tivesse obedecido, ela teria multiplicado frutos do bem, ou seja, filhos puros sem pecado[2]. Eva tinha a possibilidade de multiplicar a semente do bem ou a semente do mal. Eva, ainda imatura, não teve medo da morte e escolheu a relação de amor ilícito e prematuro desobedecendo ao mandamento e caindo na morte espiritual. Veremos isso mais pela frente em Gênesis 3.


[1] MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág.103

[2] MOON Sun Myung. The Book of Gênesis, HSA-UWC, New-York, 2003 – pág. 32