Saturday, January 14, 2012

OS FILHOS DE NOÉ - Gn 9 (parte 2)

OS FILHOS DE NOÉ

Gênesis 9: 20 - E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. (21) E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. (22) E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. (23) Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. (24) E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. (25) E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.


Por que era tão grande pecado sentir vergonha da nudez?

Noé, que havia rompido sua ligação com satanás através dos quarenta dias de julgamento pelo dilúvio, estava colocado na mesma posição de Adão após a criação do universo. Deus esperava que os membros da família de Noé reagissem diante da nudez de Noé sem nenhum sentimento de vergonha e sem nenhum pensamento de cobrir seu corpo.

Deus queria recuperar o coração alegre que havia sentido ao olhar para Adão e Eva em sua inocência antes da Queda, sentindo prazer na inocência da família de Noé. Para cumprir um desejo tão profundo, Deus fez Noé repousar despido.

Se Cam fosse um em coração com Noé, respeitando-o com o mesmo coração e do mesmo ponto de vista que Deus, ele teria olhado para a nudez de seu pai sem nenhum sentimento de vergonha. Assim, teria cumprido a condição de indenização para restaurar, na família de Noé, o estado de inocência de Adão e Eva antes da Queda.

Assim, podemos compreender que quando os filhos de Noé sentiram vergonha da nudez de seu pai e cobriram seu corpo, estavam reconhecendo que, tal como a família de Adão após a Queda, eles haviam formado uma vergonhosa ligação de sangue com satanás e tornaram-se indignos de estarem diante de Deus.

Satanás, como o corvo pairando sobre as águas, procurava por uma condição para invadir a família de Noé. E ele atacou a família, tomando os filhos de Noé como seus parceiros-objeto quando eles demonstraram que, de fato, pertenciam à sua linhagem.

Quando Cam sentiu vergonha da nudez de seu pai e a cobriu, estabeleceu uma condição para satanás invadir; assim, seu sentimento e sua atitude constituíram-se em pecado. Conseqüentemente, Cam não pôde restaurar por indenização a posição de Abel a partir da qual faria a oferta substancial. Uma vez que ele não pôde estabelecer o fundamento de substância, a Providência da Restauração na família de Noé terminou em fracasso.

É sempre pecaminoso considerar a nudez com um sentimento de vergonha? Não. O caso de Noé era especial. Na posição de Adão, Noé tinha a missão de remover todas as condições negativas adquiridas por Adão, as quais o haviam deixado vulnerável aos ataques de satanás. Não demonstrando que sentiam vergonha da nudez de Noé e nem tentando cobri-lo, a família de Noé teria cumprido a condição de indenização para restaurar a posição da família de Adão em sua inocência original, antes de terem se unido com satanás em uma relação de sangue. Conseqüentemente, esta era uma condição de indenização que apenas a família de Noé foi solicitada a cumprir.

A providência através da família de Noé nos ensina sobre a predestinação condicional de Deus para com os seres humanos. Apesar do fato de Deus ter arduamente Se esforçado por tanto tempo para encontrar Noé e estabelecê-lo como o pai da fé, quando sua família não pôde cumprir sua responsabilidade, Deus, embora pesaroso, não hesitou em abandoná-lo e escolher Abraão em seu lugar. [1]

[1] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág 224

A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ - Gn 9 (parte 1)

A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ

Gênesis 9: 1 e 7 - E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra.

Deus chamou Noé com a finalidade de cumprir a vontade que Ele pretendia realizar através de Adão, e concedeu Sua bênção tal como anteriormente Ele havia concedido a Adão em Gn 1:28. Neste sentido, Noé era o segundo antepassado da humanidade. (1)

Verso 9 – 17 - E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós.[...] E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra.

“Aliança”, em hebraico é Brit, e significa “contrato”, “acordo” ou “negócio”, ela fala de algo eterno. É a primeira vez que Deus faz uma aliança com o homem, com Noé. Ela será renovada sucessivamente sete vezes na Bíblia.(2) Mostrando que Deus trabalha sem parar ao longo da historia da restauração até o estabelecimento de Seu Reino.

[1] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág 218
[2] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 77

Sunday, January 8, 2012

NOÉ SOLTA UM CORVO E UMA POMBA - Gn 8

NSOLTA UM CORVO E UMA POMBA

Gênesis 8: 6 - E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito. (7) E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra. (8) Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra. (9) A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca.
(10) E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca.
(11) E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
(12) Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele.

O numero “sete” em hebraico, shéva, significa algo divino, perfeito e que se completa. Vamos encontrar abundantemente na Bíblia, o numero sete.[1]

Para os seres criados realizarem um fundamento de quatro posições, tornando-se um centralizado em Deus, eles devem primeiramente passar através dos três estágios do período de crescimento e completar a finalidade dos três objetos. Por estas razões, o número três é o número do Céu, ou o número da perfeição.

Quando um parceiro-sujeito e um parceiro-objeto formam uma trindade e tornam-se um centralizado em Deus, a união resultante é uma encarnação individual de verdade que completou o fundamento de quatro posições, assegurando assim o status de criação de Deus, ela passa a ter a posição e a extensão em quatro direções: norte, sul, leste e oeste. Neste sentido, o número quatro é o número da Terra.

Quando um ser criado passa pelos três estágios do período de crescimento e estabelece o fundamento de quatro posições, ele se torna perfeitamente estabelecido nas dimensões qualitativas de tempo e espaço, respectivamente. Assim, toda a criação torna-se uma perfeita encarnação do número sete, que é a soma do número do Céu e do número da Terra. Esta é a razão pela qual a Bíblia relata a criação do Céu e da Terra como tendo ocorrido em um período de sete dias.[2]

O que prefigurava o ato de Noé soltar o corvo, o qual ficou circulando no ar à procura de um lugar para pousar até que as águas baixassem?

Examinemos que situações providenciais futuras seu ato prefigurava, como está escrito: “Certamente o Senhor não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”. (Amos 3:7) O ato significava que satanás estava procurando por uma condição através da qual pudesse invadir a família de Noé, tal como o arcanjo buscou pelo amor de Eva logo após a criação dos seres humanos, e tal como satanás estava à porta procurando por uma oportunidade para invadir as ofertas de Caim e Abel. (Gn 4:7)

O que prefigurava o ato de Noé soltar a pomba por três vezes?

Embora esteja escrito na Bíblia que Noé soltou a pomba para ver se as águas haviam baixado, essa não foi a única finalidade de seu ato. Quando foi solta pela primeira vez, a pomba representava o primeiro Adão. Deus criou Adão com a esperança de que Seu ideal da Criação, que Ele havia desejado desde o início, seria realizado por ele como a perfeita encarnação do ideal divino na Terra. Devido à Queda de Adão, entretanto, Deus não pôde realizar o ideal divino na Terra através dele. E Deus teve que retirar Seu ideal da Terra por algum tempo e postergar sua realização para uma data futura.

Quando foi solta pela segunda vez, a pomba simbolizava Jesus, o segundo Adão, que viria como a segunda tentativa de Deus para realizar a perfeita encarnação do ideal divino na Terra. Estes versículos prefiguravam que se o povo eleito não acreditasse em Jesus por ocasião de sua vinda, ele não teria “onde reclinar a sua cabeça”, (Lc 9:58) e assim, eles não poderiam realizar completamente a vontade de Deus na Terra. Nessa situação, Jesus teria que enfrentar a cruz e retornar ao seio de Deus, deixando a promessa do Segundo Advento. Se alguém do povo judeu tivesse fielmente atendido a Jesus, ele teria encontrado um lugar seguro para permanecer no meio deles. Ele não teria sido crucificado e teria edificado o Reino do Céu na Terra.

Quando foi solta pela terceira vez, a pomba simbolizava o Cristo do Segundo Advento, que vem como o terceiro Adão. Isto prefigurou que quando Cristo vier novamente, ele certamente será capaz de realizar o ideal da Criação de Deus, o qual nunca será retirado novamente da Terra. Quando a pomba não retornou, Noé finalmente desembarcou da arca e andou sobre a Terra, da qual havia sido removido o pecado e recriada. Isto prefigurou que quando o ideal da Criação for realizado na Terra através da obra do terceiro Adão, a nova Jerusalém descerá do Céu e a moradia de Deus será com os homens. (Ap 21:1-3)

A Providência da Restauração de Deus será prolongada se a pessoa encarregada da Providência falha em sua responsabilidade. Devido à falta de fé de Adão e à sua falha em cumprir sua responsabilidade, Jesus teve que vir como o Segundo Adão. Além disso, se o povo judeu não acreditasse em Jesus e falhasse em cumprir sua responsabilidade, com certeza, Cristo teria que voltar novamente como o terceiro Adão. Tal como a criação do Céu e da Terra necessitou de um período de sete dias, os intervalos de sete dias entre os vôos das pombas indicam que a restauração do Céu e da Terra requer um certo período de tempo providencial.[3]



[1] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 73

[2] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág. 328

[3] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág 222

NOÉ E SUA FAMÍLIA ENTRE NA ARCA - Gn 7

NOÉ E SUA FAMÍLIA ENTRE NA ARCA

Gênesis 7:4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.

Depois que a arca foi concluída, Deus julgou o mundo pelo dilúvio durante quarenta dias. Qual foi a finalidade do dilúvio? Uma vez que a humanidade estava sob o cativeiro de satanás, Deus efetuou o julgamento pelo dilúvio, eliminando a humanidade pecadora a fim de estabelecer uma família que se relacionasse apenas com Ele.

Porque Deus definiu um período de quarenta dias para o dilúvio?

O significado do período de quarenta dias deve ser entendido através do significado dos números quatro e dez.[1] Aprendemos no Princípio da Criação que nenhum ser pode existir ou prosperar sem primeiramente formar um fundamento de quatro posições. Neste sentido, Adão e Eva deviam formar em sua maturidade um fundamento de quatro posições individual para sua existência.[2] Já haviam se passado dez gerações após Adão quando Deus chamou Noé para restaurar por indenização a vontade que Ele não pôde realizar por meio de Adão. Deus estabeleceu o período do julgamento pelo dilúvio durante quarenta dias como o período de indenização para restaurar o número quarenta, que havia sido invadido quando o período anterior foi perdido para satanás.

O número quarenta tornou-se, assim, característico das providências para a separação de satanás, que são necessárias para a restauração do fundamento de fé. Há muitos exemplos dessa providência na Bíblia.



[1] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009 pág 219

[2] Idem, pág 325

A AFLIÇÃO DE DEUS - Gn 6

A AFLIÇÃO DE DEUS

Gênesis 6:5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. (6) Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.

A palavra “arrependeu-se’’ no hebraico é inachem e poderia ser traduzida como “sentiu-se aflito” ou “suas narinas fumegaram”, mostrando descontentamento de Deus para com o estilo de vida maligno e promiscuo do homem.[1]

O fato que Deus sentiu-se aflito mostra que a Queda humana não foi o resultado da predestinação de Deus, se a Queda humana tivesse sido predestinada por Deus, não haveria motivo para Ele se lamentar pelos seres humanos decaídos, pois eles estariam agindo de acordo com a Sua predestinação.[2]

Verso 9 - Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e íntegro em suas gerações; Noé andava com Deus.

Ele foi chamado por Deus sobre o fundamento do coração fiel e leal de Abel ao fazer uma oferta simbólica aceitável. Com relação à sua linhagem, Noé era um descendente de Set, que havia sido escolhido para substituir Abel. Além disso, Noé era um homem correto aos olhos de Deus.[3]

Em hebraico, justo é Tsédec, uma palavra que vai aparecer em toda a Bíblia. Ela significa “estar na posição correta”, é aquele que esta no lugar certo.

Íntegro, tamim, “ser completo, estar terminado, perfeito, de acordo com a verdade”.[4]

DEUS ANUNCIA O DILÚVIO

Verso 11: A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.

Deus chamou Noé com a finalidade de cumprir a vontade que Ele pretendia realizar através de Adão. Deus concedeu Sua bênção a Noé “sede frutífero e multiplicai”, (Gn 9:7) tal como anteriormente Ele havia concedido as três bênçãos a Adão. Noé era o segundo antepassado da humanidade. Resistindo a todos os tipos de escárnio e zombaria, Noé trabalhou por 120 anos em uma montanha para construir a arca, em absoluta obediência às instruções de Deus. Sobre tal condição de fé Deus poderia trazer o julgamento pelo dilúvio centralizado na família de Noé.[5]

Verso 13: Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.

Isso nos mostra que o tempo de Noé era os Últimos Dias. Deus pretendia cumprir a finalidade da Criação após o julgamento pelo dilúvio e enviar o Messias sobre o fundamento estabelecido na família de Noé.[6]

Verso 16: Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.

A arca foi construída com três andares, simbolizando o cosmo que havia sido criado através dos três estágios do período de crescimento (como foi explicado em Gênesis 1: houve tarde, noite e manha). Os oito membros da família de Noé que entraram na arca representavam os oito membros da família de Adão que, tendo sido invadidos por satanás, tinham que ser restaurados por indenização. Assim, a arca simbolizava o cosmo; Noé, seu mestre, simbolizava Deus; os membros de sua família simbolizavam a humanidade; e os animais trazidos para a arca simbolizavam todo o mundo natural.[7]

Verso 18: Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.

“Arca” em hebraico é tevá, sinal de aliança, sinal de salvação.



[1] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 67

[2] MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág 168

[3] Idem, pág. 218

[4] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 70

[5] MOON Sun Myung. Exposição do Princípio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág. 218

[6] Idem, pág. 217

[7] Idem, pág. 219

Sunday, January 1, 2012

DESCENDENTES DE ADÃO (Gn 5)

Gênesis 5: 1-3 - Este é o livro das gerações de Adão... e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete...(5) E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu (7)E viveu Sete, depois que gerou a Enos,... (9) E viveu Enos noventa anos, e gerou a Cainã... (12) E viveu Cainã setenta anos, e gerou a Maalalel...(15) E viveu Maalalel sessenta e cinco anos, e gerou a Jerede...(18) E viveu Jerede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque...(21) E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém...(25) E viveu Matusalém cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque...(28-29) E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, A quem chamou Noé.

Segundo a Bíblia, Adão viveu 930 anos, não sabemos naquela época qual era a maneira de contar o tempo. Como esta escrita um dia é como 1000 anos e 1000 anos são como um dia (II Pe 3:8 e Sl 84:10). Muitas palavras reveladas não podem ser lida no sentido literal, mas simbólica.

A contagem bíblica tradicional para a data da origem dos primeiros antepassados humanos como sendo de 6000 anos atrás, é uma cronologia simbólica que representa um longo período de tempo.[1]

Deus não podia simplesmente enviar o Messias, e fazer nascer um novo Adão sem um fundamento. Eram necessárias dez gerações de Adão até Noé que estão registradas no capítulo 5. O numero dez é o numero da unidade com Deus. O curso de crescimento até a maturidade requer um período para cumprir o número dez, que é o período através do qual Adão e Eva tornar-se-iam as perfeitas encarnações do número dez. Quando este número foi invadido por satanás devido à Queda, Deus levantou uma figura central a fim de restaurar este número e iniciar Sua obra de unir as pessoas com Ele, restaurando-as como perfeitas encarnações da qualidade do número dez. Para essa finalidade, Deus exigiu que a figura central completasse um período de indenização para restaurar o número dez. Este é o motivo pelo qual Deus chamou Noé dez gerações depois de Adão.[2]



[1] MOON Sun Myung. Exposição do Principio Divino. São Paulo: AFUPM, 2009, pág 199

[2] idem, pág. 331