Saturday, January 4, 2014

Deus anima Abrão e promete-lhe um filho

Deus anima Abrão e promete-lhe um filho

Gênesis 15: 5 – 6 - Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.
E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça.

Quando Abraão se tornou um errante, ele estava miserável, viajando sem rumo com sua família no deserto. No entanto, sob aquelas circunstâncias Deus lhe deu esta bênção: "Conta as estrelas, se você é capaz de contá-las. Assim será a tua descendência." Só um louco ou um homem de aventura poderia aceitar essa bênção e sustentar sua fé. Abrão sofreu muito, quase perdeu sua esposa e todos os seus bens e parentes para o Faraó, no Egito. No entanto, ele nunca, nunca desistiu de sua fé e de acreditar na bênção de Deus. Nada poderia mudar a sua convicção, e ele viveu plenamente essa convicção, em última instância, recebendo a bênção prometida de Deus. Qualquer um que apenas se senta e espera por Deus para cuidar de tudo, nunca irá encontrar a bênção de Deus.[1]

Versos 9 ao 11: E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.
E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.
E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava.

A história revela que o sangue deve ser derramado sempre antes de uma oferta pode ser feita para Deus. Portanto, tudo o que era sacrificado era morto e cortado pela metade, para garantir que a parte que representava o bem foi separada da parte que representava o mal a fim de que Deus possa reivindicá-la. Você já sabe que as ofertas de Abraão eram uma novilha, um carneiro e um bode que foram cortados ao meio e as aves não foram cortadas.

No ideal da criação nenhum derramamento de sangue deveria ter sido necessário, mas por causa da Queda que introduziu o sangue de Satanás, o derramamento de sangue foi necessário, a fim de restaurar a posição original. É por isso que vemos ao longo da história sacrifícios foram ofertados matando animais.

Ao instruir o homem a derramar o sangue de animais, Deus poderia começar a restaurar o homem, sem derramamento o sangue dos homens. Esses sacrifícios serviram como uma condição, o mais importante era a separação, ou purificação da oferta do domínio satânico, que é o propósito de restauração. O cordeiro é o símbolo da obediência e a pomba é o símbolo da paz, por isso esses animais foram selecionados. O sumo sacerdote é aquele que mata esses animais, e para que essa oferta seja uma condição válida e aceitável, eles têm que ser completamente obediente ao sacerdote.[2]

Versos 12 e 13 - Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes.
 Então o Senhor lhe disse: "Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos.

Porque Abraão não cortou a pomba em dois como devia, aves de rapina desceram e invadiram a oferta. Como resultado de seu erro, os israelitas foram destinados a entrar no Egito e sofrer aflições por quatrocentos anos. Por que foi um pecado não cortar as aves ao meio?

Investiguemos primeiramente a razão pela qual Abraão foi instruído para cortar as ofertas ao meio. A Providência da Salvação de Deus aponta na direção da restauração da soberania do bem, primeiramente dividindo o bem e o mal, e depois, destruindo o mal e exaltando o bem. Esta é a razão pela qual Adão foi dividido em Caim e Abel antes que a oferta pudesse ser feita. Esta também é a razão pela qual, nos dias de Noé, Deus pretendia destruir o mal através do julgamento pelo dilúvio, e preservou a família de Noé como sendo do bem. Deus pediu para Abraão cortar as ofertas ao meio antes de oferecê-las com a intenção de realizar a providência simbólica de separar o bem e o mal, que havia sido deixada incompleta por Adão e Noé.

Por que não dividir a oferta foi um pecado?

Primeiramente, 
não dividir a oferta tinha como significado não dividir Caim e Abel. Sem dividir, a oferta não poderia ser aceita por Deus porque não fornecia um parceiro-objeto de tipo Abel que Ele pudesse tomar para Si. Conseqüentemente, o erro que Caim e Abel haviam cometido em suas ofertas não foi restaurado.

Segundo: não dividir a oferta significou a repetição da falha da Providência no tempo de Noé, quando o bem e o mal permaneceram juntos, apesar do dilúvio. Como a família de Noé, Abraão também falhou na divisão da oferta, privando Deus de Seu parceiro-objeto do bem. Assim, repetiu o erro que causou a falha na Providência do dilúvio.

Terceiro: não dividir a oferta significou que não havia condição simbólica para separar o reino da boa soberania de Deus do universo sob a má soberania de satanás.

Quarto: porque o sangue da morte não foi retirado da oferta, e não dividi-la significou que esta não podia ser uma oferta santificada aceitável a Deus.

Em outras palavras, quando Abraão ofereceu as aves sem primeiramente tê-las dividido, significou que ele ofereceu algo que não havia sido retirado da posse de satanás. Seu erro teve como efeito a reivindicação da posse das ofertas por parte de satanás.[3]

O erro de Abraão ao fazer a oferta simbólica permitiu a invasão da mesma. Todas as condições que Deus pretendia restaurar através da oferta foram perdidas. Como consequência, os descendentes de Abraão tiveram que sofrer opressão e escravidão por quatrocentos anos no Egito. Investiguemos a razão desse fato. 

Deus chamou Abraão e ordenou que fizesse a oferta simbólica como a conclusão do período de quatrocentos anos para a separação de satanás. Este período havia sido estabelecido para restaurar por indenização as dez gerações de Adão até Noé, e o período de quarenta dias do julgamento pelo dilúvio, perdidos para satanás devido ao pecado de Cam. Era também o período de indenização necessário para estabelecer Abraão como o pai da fé depois que ele completasse a oferta simbólica.

Quando o erro de Abraão na oferta simbólica permitiu a satanás reivindicar a oferta como sua, esse período de quatrocentos anos também foi perdido para satanás. Para re-criar em nível nacional a situação anterior ao erro de Abraão na oferta simbólica, que correspondia à situação de Noé quando foi chamado para construir a arca, Deus estabeleceu um outro período de quatrocentos anos para a separação de satanás. Durante aquele período, os israelitas estiveram como escravos no Egito. Suportando aquela situação durante todo o período, os israelitas deviam restaurar — desta vez em nível nacional — as situações de Noé e Abraão no início de suas missões como pais da fé, como também estabelecer o fundamento para Moisés iniciar sua missão. Assim, o período de escravidão no Egito foi o tempo em que os israelitas foram punidos pelo erro de Abraão e também o tempo em que estavam estabelecendo o fundamento para cortar sua ligação com satanás e começar a nova providência de Deus.[4]



[1] MOON Sun Myung -  O Caminho da Religião e a Vontade de Deus- Discurso – 24 de Abril de 1977
[2] MOON Sun Myung – O Dia da Criação – Discurso – 6 de junho de 1978
[3] Exposição do Princípio Divino - Pag. 231-232
[4] Exposição do Princípio Divino - Pag. 233-234

Abrão volta do Egito

Abrão volta do Egito

Gênesis 13: 1-18 – Abraão volta do Egito e se separa de Ló. Abraão estava caminhando pela fé, sendo guiado por Deus. Disse o Senhor a Abraão: “farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada... e edificou ali um altar ao Senhor.

Guerra de quatro reis contra cinco

Gênesis 14: 1-17 – Reinos daquele lugar guerrearam entre si. Ló é levado cativo. Abraão enviou 318 guerreiros para resgatar seu sobrinho.

Melquisedeque abençoa Abrão

Gênesis 14: 18 -20 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.

Melquisedeque, em hebraico, é um nome formado pela palavra Malqui – meu Rei – e Tsedec – Justiça. Ele é o Rei de Salém – Shalom – que significa paz, hoje, Jerusalém. Ele era também um Côhen – sacerdote. Ele é um Rei sacerdote da Justiça e da paz, prefigurando o Messias. Yeshua é chamado de sumo-sacerdote da ordem de Melquisedeque (Hb 7:17). O primeiro dízimo foi dado por Abraão a Melquisedeque, é um estatuto de Deus, que aparece antes da Lei mosaica.[1]



[1] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 91